BAI com lucros de 15,3 mil milhões de Kwanzas
RESULTADOS DA BANCA.Evolução substancial da margem financeira associada ao aumento das taxas de juro e de operações cambiais ajudaram nos lucros do banco que, de Janeiro a Dezembro do ano passado, subiram 19,5%. Activos caíram 0,3% pressionados pela redução dos depósitos.
O Banco Angolano de Investimento (BAI) encerrou o exercício financeiro de 2015 com lucros de 15,3 mil milhões de Kwanzas, um crescimento de 19,5% comparativamente ao ano passado, quando o balanço da entidade contabilizava 12,8 mil milhões de kwanzas.
De acordo com o relato financeiro do banco, a evolução em 16,6% da margem financeira resultante fundamentalmente do aumento das taxas de juro, de 37,0 mil milhões para 43,1 mil milhões de kwanzas, e de mais de 70% com operações cambiais justificam os lucros recolhidos entre Janeiro e Dezembro de 2015.
Apesar do avanço nos lucros, houve rubricas que fecharam em terreno negativo. Do balanço patrimonial, por exemplo, os activos do BAI decresceram 0,3%, ao saírem de 1.101 mil milhões Kwanzas em 2014 para 1.097 mil milhões de kwanzas até Dezembro do ano passado.
Também o total de depósitos fechou no ‘vermelho’. Até Dezembro do ano passado o banco apenas captou 938,4 milhões de Kwanzas em depósitos, uma contracção de 1,3% face aos 950,9 milhões de 2014.
Se entram poucos depósitos, os bancos têm menos disponibilidade para cedência crédito. E foi o que sucedeu. O crédito disponibilizado ficou contabilizado em 353,6 milhões de kwanzas, uma redução nominal de 11.774,8 milhões Kwanzas face aos empréstimos cedidos em 2014.
São considerado “ganhos” para o banco, no quadro da sua política de gestão, a aprovação do plano estratégico para o período 2016-2021, a conclusão da implementação das alterações ao modelo de governação corporativa e o reforço do sistema de controlo interno, sobretudo as respeitantes às funções de auditoria interna, gestão integrada do risco e ‘compliance’.
“Na gestão do risco de crédito, realçamos o avanço na implementação do modelo de cálculo de perdas por imparidade definido na IAS 39, que vai dotar o Banco de um modelo de reconhecimento e mensuração dos activos alinhados com as melhores práticas internacionais”, assinalam, em mensagem conjunta, os presidentes da conselho de administração, José Carlos de Castro Paiva, e o da comissão executiva, José de Lima Massano.
JLo do lado errado da história