Banco Postal absorve 700 milhões Kz em depósitos no Xikila Money
RESULTADOS. Banco detido pela EGM Capital do empresário Ngunu Tiny celebra primeiro ano desde que iniciou operações com o Xikila Money, que já levou para a entidade 173 mil clientes. Plano é abrir mais agências fora de Luanda. Banco não fala sobre desistência do presidente fundador à frente do Postal.
O primeiro segmento de negócio do Banco Postal, o Xikila Money, que permite pagar serviços através do telemóvel, já captou, de Janeiro a Fevereiro deste ano, 700 milhões de kwanzas em depósitos, por via dos estabelecimentos comerciais e vários quiosques onde tem instalados terminais de pagamentos, de acordo com o director de marketing da unidade, Dalmo Silva.
Desde o lançamento do serviço Xikila Maoney, o banco absorveu também 173 mil clientes, que, só em Fevereiro, realizaram 150 mil transacções, entre depósitos, levantamentos e pagamentos de serviços.
“No último mês de Fevereiro, que é o mês que temos fechado em termos de operações, estamos a falar já de 150 mil transacções. E o número tem vindo a aumentar. Em termos de transações, os resultados também têm sido bastante satisfatórios”, contabilizou o director de marketing.
Das 150 mil transações realizadas em Fevereiro, estão incluídos os pagamentos de serviços, nomeadamente telecomunicações, serviço de televisão, registadas quer nos balcões, quer nos vários terminais de pagamentos móveis, numa lista em que se juntam ainda pagamentos a comerciantes, segundo o Dalmo Silva.
O Banco opera actualmete em Luanda e no Huambo. Aliás, é no Huambo em que a entidade registou a maioria das transacções do seu ‘Top-30’ de comerciantes. “Temos presença em Luanda e no Huambo. E, no Huambo, a nossa operação tem tido resultados muito bons. Temos uma operação bastante consolidada no Huambo, temos 50 quiosques, e cerca de 20 a 30% dos clientes estão no Huambo”, assegurou Dalmo Silva.
O responsável de marketing do Postal avança outros motivos do interesse do banco pelo Huambo. É o caso da concentração de maioria dos clientes-comerciantes. “Em termos de transacções, registámos um crescimento muito significativo no Huambo. Temos muitos parceiros, muitos clientes e estabelecimentos comerciais que utilizam já a nossa solução de pagamento, o nosso ‘TPA’, e, no nosso Top-30 desses comerciantes, o Huambo tem a maior parte. 20 dos nossos melhores comerciantes estão no Huambo”, acentua o responsável. De acordo com um plano da empresa, referido numa nota institucional, a intenção é expandir os pontos de atendimentos a todas as sedes de capitais de províncias. “A ambição passa agora por alargar, a médio prazo, a presença em toda a região de Luanda e também em todas as sedes de províncias”, projecta a entidade, que tem agora João Carlos Freire na presidência interina, depois da desistência de Ngunu Tiny, detentor da maioria do capital do banco.
O banco é participado pelo Estado, por via do grupo ENSA e dos Correios de Angola, que respondem por 30% do capital social, sendo que a maioria, 65%, é suportada pela EGM Capital, do empresário Ngunu Tiny, e mais 5% da sociedade C8 Capital, outro grupo privado no negócio.
Os donos do banco definem a nova instituição como “um banco ético na primeira linha do combate à exclusão social, pobreza e criação de emprego”, estratégia que é justificada pelos diversos segmentos de negócios projectados pelo banco.
O serviço completa este mês (Março) um ano de operações. A administração considera que a unidade de negócio Xikila Money “apresenta um balanço alinhado com as expectativas aquando do seu lançamento”. Actualmente, o Xikila Money conta com quatro agências, três em Luanda e uma no Huambo, e 156 quiosques, prevendo chegar aos 200 o número de quiosques até ao final do primeiro semestre do corrente ano.
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