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DESDE A SEMANA PASSADA

Banco Postal arranca com 30% de capital público

BANCA.Capital social do novo banco é suportado pelo Estado, com 30%, e mais dois grupos empresariais privados nacionais que partilham maioria do capital.

Está aberta ao público, desde a semana passada, a mais nova instituição bancária angolana, o Banco Postal, que tem como accionistas o grupo ENSA, a ENSA Seguros de Angola, a Empresa Nacional de Telegráfos e Correios de Angola e os grupos privados angolanos EGM Capital e a C8 Capital.

O Estado, por via do grupo ENSA e dos Correios de Angola, responde por 30% do capital social do banco, sendo que a maior parte, 65%, é suportada pela EGM Capital, do empresário angolano N’gunu Tiny, e mais 5% da sociedade C8 Capital, outro grupo privado no negócio.

Autorizado há quase cinco meses pelo Banco Nacional de Angola (BNA), o banco eleva para 28 o número de bancos autorizados e com actividades iniciadas no mercado nacional, segundo a lista actualizada de instituições bancárias disponível no site do banco central.

Os donos do banco definem a nova instituição como “um banco ético na primeira linha do combate à exclusão social, pobreza e criação de emprego”, estratégia que é justificada pelos diversos segmentos de negócios projectados pelo banco.

De acordo com a sua estratégia de mercado, o Banco Postal será representado por três marcas: o Xikila Money, o Banco Postal Comércio e Empresários e o Banco Postal Corporate e Personal.

No Xikila Money, que abrangerá particulares com rendimento médio, médio-baixo e baixo sem contas bancárias, o banco criou uma rede de distribuição baseda em agentes e quiosques. “Esta focada no segmento de clientes particulares não bancarizados e não servidos adequadamente”, explica a administração do banco.

O Xikila Money é também a primeira linha de negócio, um mecanismo com o qual o banco espera alcançar um número alargado de clientes, à semelhança do que sucedeu com o programa ‘Bankita’, já que é facultativa a apresentação de vários requisitos na abertura de contas noutras instituições, nomeadamente o Bilhete de Identidade e valor mínimo de abertura de contas.

Com este segmento, os clientes do banco vão poder fazer várias operações através do telemóvel, desde transferências interbancárias, pagamentos de serviços, consulta de saldos a outros serviços. Ou seja, no Xikila Money, “o telemóvel é o cartão multicaixa do cliente”, comparou Massanga Mayamputo, gerente da primeira agência do Postal.

PARA CLIENTES MAIS EXIGENTES

O segmento Comércio e Empresas e o Corporate e Personal, terão como alvo as pequenas empresas e os “empresários das economias formal e informal e que são marginalmente servidas por bancos e instituições de microfinanças”.

Nestes segmentos, o banco tem reservado “pequena rede de Centro de negócios dedicados e complementadas por uma força de vendas inovadora, proporcionando um serviço diferenciado e centrado no cliente”. Os clientes deste nível serão ainda beneficiários de serviços “com enfoque em soluções de crédito de baixo risco”, garante a gestão.

No Corporate, vão ter lugar as médias e grandes empresas, um segmento onde o banco “pretende ter um foco tácito, por via da introdução selectiva de produtos e serviços inovadores”, além de cobrir soluções de financiamento a clientes de rendimento elevado.