Banco Postal ‘engorda’património com a segunda unidade de negócio
CRÉDITO. Novo segmento de actuação é dedicado ao “comércio e empresários”, com propósito de ajudar pequenos investidores na formalização de negócios, e marca os primeiros 12 meses desde que a entidade abriu portas.
O Banco Postal prevê lançar, nos próximos dias, a segunda linha de negócio da sua estratégia operacional, que privilegia o “comércio e empresários” e a formalização dos pequenos negócios, anunciou a administração da entidade, em nota enviada ao VALOR.
Denominada ‘Comércio e empresários’, a unidade de negócio é a segunda de um grupo de três, e propõe-se apoiar pequenos empresários das economias formal e informal e que “ são marginalmente servidas por bancos e instituições de microfinanças”, de acordo com uma nota de apresentação do banco, que festejou o seu primeiro aniversário na semana passada.
Neste segmento, que segue ao Xikila Money – unidade de negócio do banco que permite pagar contas e fazer múltiplas operações a partir do telemóvel – o banco tem reservado “pequena rede de Centro de negócios dedicados e complementadas por uma força de vendas inovadora, proporcionando um serviço diferenciado e centrado no cliente”.
Os clientes deste nível serão ainda beneficiários de serviços “com enfoque em soluções de crédito de baixo risco”, assegura a gestão, que é presidida por NgunuTiny, dono do grupo empresarial angolano, a EGM Capital, que controla o banco em 65% do seu capital societário.
Depois do ‘Comércio e Empresários’, só faltará o segmento ‘Corporate e Personal’, que conclui o plano estratégico da entidade, que inova o mercado bancário com operações que dispensam notas e moedas metálicas e cartões electrónicos.
No Corporate, que deve ser lançado entre o final deste ano e o primeiro trimestre de 2018, o enfoque vai para as médias e grandes empresas, um segmento em que o banco “pretende ter um foco tácito, por via da introdução selectiva de produtos e serviços inovadores”, além de cobrir soluções de financiamento a clientes de rendimento elevado.
Do balanço dos primeiros 12 meses de actividade, o banco destaca o alargamento do património, do qual se soma uma rede de quatro agências e 110 quiosques, distribuídos por Luanda e Huambo, além de uma carteira de clientes superior a 60 mil, através do serviço Xikila Money, a primeira Unidade de Negócio, lançada em Março deste ano.
O Banco Postal aposta agora no lançamento das restantes Unidades de Negócios, nomeadamente Comércio e Empresários, e Corporate e Personal, para servir todo o mercado transversalmente, tanto formal como o informal, reforçando o seu compromisso em assegurar uma resposta de excelência para todos, junto da banca, perspectiva a administração.
“Estamos muito satisfeitos com os resultados até agora alcançados. A estratégia do banco passa agora pelo lançamento das restantes Unidades de Negócios, disponibilizando assim uma oferta multi-segmentos e complementar, satisfazendo as necessidades dos diferentes actores do segmento empresarial tanto formal como informal, de menor ou maior dimensão do mercado angolano”, regozija-se a gestão do mais novo banco do circuito financeiro nacional.
Contas de balanço indisponíveis
O banco assume ter iniciado actividade há mais de um ano, mas não apresenta o balanço dos primeiros 12 meses. Nem mesmo os balancetes trimestrais estão disponíveis na página de internet da instituição. Mas admite terem já decorrido várias operações financeiras, desde pagamentos de serviços a contas de diferentes naturezas.
“Neste momento, se for cliente Xikila, através do seu telefone pode fazer carregamentos do telefone ou de outras contas. Há muitos sítios onde pode ir fazer contas e pagar com o Xikila Money”, garante a administração, através da empresa que cuida da imagem do banco, para quem é estratégia do banco integrar o produto entre os principais meios de pagamentos.
Estado no negócio
Além do grupo EGM Capital, o banco é participado pelo Estado em cerca de 30%, através da Empresa Nacional de Seguros de Angola, a ENSA, e um outro grupo privado nacional denominado C8 Capital, que responde por 5% das participações da entidade.
Os donos do banco definem a nova instituição como “um banco ético na primeira linha do combate à exclusão social, pobreza e criação de emprego”, estratégia que é justificada pelos diversos segmentos de negócios projectados pelo banco.
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