Bancos lideram registos de operações suspeitas de branqueamento de capitais
A Unidade de Informação Financeira (UIF) anunciou hoje que mais de 98% das operações suspeitas de branqueamento de capitais são registadas nos bancos, manifestando preocupação com a falta de informação de outras entidades.
A informação foi transmitida pela directora geral da UIF, Francisca de Brito, exortando as outras entidades sujeitas, como seguradoras e casinos, a reportarem "sempre que estiverem perante a uma operação suspeita de branqueamento de capitais".
"Porque recebemos declarações de transacções em numerário e declarações espontâneas apenas dos bancos que comunicam à UIF com maior regularidade sobre essas operações", explicou a responsável, durante um debate sobre "Prevenção do Branqueamento de Capitais e o Financiamento ao Terrorismo".
O sistema institucional de prevenção do branqueamento de capitais e de financiamento do terrorismo é composto pelo Ministério Público, supervisores e reguladores, entidades sujeitas (bancos, seguros, valores mobiliários, jogos, casas de cambio, imobiliárias,) órgãos policiais e sociedade civil.
Segundo Francisca de Brito, única oradora do encontro, na última semana a UIF fez uma simulação de avaliação com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e nela foi questionada a falta de informações de outras entidades sujeitas.
Além de estatística, a directora geral do UIF apontou a rotação de quadros, a falta de pessoal, de meios técnicos, a fraca supervisão (não financeira), a insuficiente aplicabilidade da lei, número de investigações e de condenações como pontos fracos nas acções da instituição.
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