BFA confirma inspecção do banco central
O BFA confirmou hoje o início de uma inspecção do BNA, desde o dia 10 deste mês na sequência da carta enviada ao regulador pelo ex-vice-presidente do banco António Domingues, em que denuncia violações às normas de prevenção de combate ao terrorismo e ao branqueamento de capitais.
Na carta enviada ao BNA o demissionário vice-presidente do BFA relata uma operação de depósito no valor de 21,8 milhões de kwanzas, assinado por uma estudante de 23 anos de Viana, e uma outra de 250 mil dólares, na conta de Manuel Paulo da Cunha, antigo director do Gabinete do ex-presidente da República. As duas operações aconteceram em 2017.
No entanto, a administração do BFA informa em comunicado que as duas operações já tinham sido objecto de análise pela anterior administração em 2017, tendo ficado ultrapassadas as suspeitas relativas ao branqueamento de capitais.
O banco esclarece ainda que a nova administração liderada por Rui Mangueira orientou a realização de um relatório em Maio deste ano, sobre as duas operações, tendo concluído pela não reabertura do processo.
O banco diz assim esperar que a inspeção do BNA confirme as decisões tomadas em 2017 pela administração do BFA por não existirem dúvidas do rigor imposto pela comissão executiva e pelos colaboradores em geral no cumprimento das normas de prevenção ao branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo.
No entanto, além de António Domingues, as administradoras executivas Otilía Carmo Faleiro e Maria Manuela Moreira também se demitiram do banco com efeitos imediatos. Maria Manuela Moreira é de resto a administradora citada como tendo estado envolvida nas operações de 2017
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