Biden levanta sanções impostas ao Burundi
Reconhecendo os esforços que as autoridades do Burundi têm feito a favor da democracia interna, os EUA anunciaram o levantamento das sanções impostas em 2015
Os Estados Unidos levantaram, domingo ontem, as sanções que haviam sido impostas em 2015 ao Burundi. Numa ordem executiva, divulgada pela CNN, o Presidente norte-americano, Joe Biden, disse que a situação que tinha justificado as sanções, incluindo "mortes e violência contra civis" e "repressão política", tinha sido "significativamente alterada pelos acontecimentos do ano passado".
Joe Biden referia-se "à transferência de poder após as eleições de 2020, a uma redução significativa da violência e às reformas iniciadas pelo Presidente Ndayishimiye em muitos sectores".
Em 2015, o desejo do então Presidente, Pierre Nkurunziza, de ser eleito para um terceiro mandato desencadeou uma crise profunda que matou 1.200 pessoas e forçou cerca de 400 mil civis ao exílio. Washington impôs então sanções específicas contra oito burundeses, altos funcionários, incluindo o número dois do regime, mas também um opositor acusado de apoiar uma revolta.
Pierre Nkurunziza, que permaneceu no poder até Maio de 2020, morreu algumas semanas após a eleição de Evariste Ndayishimiye, o seu sucessor designado. A eleição de Ndayishimiye tinha suscitado esperanças de abertura no país, após anos marcados por execuções sumárias, desaparecimentos e detenções arbitrárias.
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