BNA coloca ‘reservas’ às casas de câmbio
CÂMBIOS. José de Lima Massano mostra ‘resistência’ ao pedido das casas de câmbio para iniciarem o negócio de microcrédito. Associação que as represanta enviou oito pedidos de expansão. Só num, o governador mostrou reservas, mas promete dar uma resposta em breve.
O Banco Nacional de Angola (BNA) levantou “algumas reservas” sobre a possibilidade de as casas de câmbio iniciarem o serviço de microcrédito, um dos oito pontos que os operadores solicitam ao organismo estatal para se aguentarem em período de crise.
O presidente da Associação das Casas de Câmbio, Hamilton Macedo, admite que o receio do banco central pode estar relacionado com o facto de as empresas não terem capacidade de suportar determinados serviços, muitos deles desenvolvidos por bancos ou instituições de microcréditos já licenciadas pelo BNA.
Há duas semanas, a associação escreveu ao banco central, pedindo o alargamento do portfólio de serviços. Da lista, encaminhada ao gabinete do governador, os operadores de câmbio pediram autorização para a liberalização do preço da moeda estrangeira; inclusão do serviço de corretagem no mercado de capitais; prestação de serviços de pagamento de factura de água e energia; comércio de cartões pré-pagos; serviço de transferência e consultadoria a pequenas empresas e o serviço de microcrédito.
Destes oito pedidos, o banco central mostrou reservas num único. Mas ainda “não é a posição definitiva”, segundo Hamilton Macedo, que acredita que as solicitações tenham, cada uma, a “atenção especial do regulador”. “Acredito que todo o pedido vai merecer uma atenção especial da administração do banco. Mas cada empresa é uma empresa, todas elas têm de se garantir que há capacidade para prestar tal serviço”, afirmou o responsável, na semana passada, quando aguardava o parecer definitivo do BNA sobre o pedido de alargamento do negócio.
Massano garante ajuda
Hamilton Macedo atesta, por outro lado, que recebeu garantias do governador do banco central de que a resposta à solicitação do alargamento dos serviços viria já na semana passada, mas, até à tarde do último dia laboral da ‘semana santa’, os agentes de câmbio não tinham quaisquer respostas do BNA.
Do banco central, também receberam a possibilidade de inclusão num dos leilões de divisas, circuito de venda de moeda estrangeira de onde estão excluídas há já quase um ano. Para os operadores, a intenção do BNA dá “algum alívio” à pressão que sofrem desde que foram colocadas de parte na distribuição das divisas.
O banco central tem registadas quase 76 casas de câmbio, 11 das quais ainda não iniciaram actividade. Segundo o presidente da associação, a maioria das empresas esteve paralisada nos últimos seis meses por falta de recursos em moeda estrangeira para vender ou trocar.
BCI fica com edifício do Big One por ordem do Tribunal de...