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ATÉ AO FIM DO ANO POR CAUSA DOS CUSTOS OPERACIONAIS

BPC desfaz-se de 30 agências

REFORMULAÇÃO. Processo arranca ainda no fim deste mês, com oito pontos marcados. Deixam de existir as agências da Chicala, Belas, Camama, Zangos Um e Dois e da Filda. Sambizanga também perde duas agências, a Ndunduma e São Paulo. Banco justifica com optimização dos serviços. Maioria era espaço alugado.

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O Banco de Poupança e Crédito (BPC) tem programado o encerramento, até Dezembro deste ano, de perto de 30 agências bancárias e vários postos de atendimento, devido ao alto custo operacional que representam nas contas da entidade. A informação foi avançada ao VALOR por uma fonte do banco na sequência de uma nota da instituição, distribuída à imprensa, a anunciar o encerramento de oito agências até 31 de Maio.

Nesta primeira fase, deixam de existir as agências da Chicala, Belas, Camama e 11 de Novembro, além dos balcões dos Zangos Um e Dois, da Filda e o posto de atendimento anexo às instalações do Serviço de Migração e Estrangeiros de Viana.

Os espaços em que operam estas agências não integram o património do banco, além de “carecerem de obras”, sublinhou a fonte, que adianta outras agências que poderão ser abrangidas. Ndunduma, ao Miramar, e a do São Paulo, na avenida Cónego Manuel das Neves.

No comunicado, o banco indica oito agências alternativas para os clientes que têm contas domicilianas que serão encerradas. Para os clientes cujas contas estavam domiciliadas nas agências da Chicala, Belas, Camama e 11 de Novembro, as operações deverão ser efectuadas, respectivamente, nos balcões das agências da Ilha, Orquídea, na estrada do Benfica, em Luanda, Angochin, ou nas agências Golfe e Cabolombo.

Também os clientes das agências dos Zangos Um e Dois, Filda e SME Viana vêem as suas contas deslocadas para o Zango, Vila Luanda e Viana, com pontos alternativos na agência SIAC-Zango, Cazenga e a Agência Herói de 4 de Fevereiro. O banco garante que “não vai despedir ninguém”. “A lei não permite”, atesta outro gestor de um centro de empresas do banco, assegurando que “todos vão ser integrados noutras agências ou nas que estão a agora a ser construídas”.

Património cai

Até ao final do exercício financeiro de 2016, o banco, liderado actualmente por Alcides Safeca, tinha registado 443 pontos de entendimento, de acordo com o último relatório e contas disponível na sua página de internet.

O número de agências aumentou, ao longo do exercício seguinte, passamdo para perto de 460, margens que poderão ser confirmadas no balanço da entidade referente a 2017, ainda por publicar.