BPC gasta 146,2 milhões de kwanzas por mês
BANCA. Montante é o total das despesas para manter operacionais 530 ATM e inclui tarifas da EMIS, despesas com fornecedores, seguro e pessoal do reabastecimento. Com a ‘campanha’ de encerramento de agências, banco deve desactivar as caixas automáticas desses balcões. País tem 3.026 multicaixas.
O Banco de Poupança e Crédito (BPC), participado na totalidade pelo Estado, desembolsa, todos os meses, 146,2 milhões de kwanzas para manter operacionais as caixas de pagamentos automáticas (ATM) instaladas nas agências e postos de atendimentos espalhados pelo país, de acordo com os números da entidade cedidos ao VALOR.
O montante serve para pagar tarifas da EMIS, a empresa gestora dos ATM, e dos terminais de pagamentos, custos com fornecedores de tecnologias de informação, seguros, além dos gastos com os técnicos que reabastecem as caixas automáticas.
O banco detém 530 aparelhos multicaixas operacionais. Segundo o banco, para a manutenção de cada máquina, a tesouraria despende 276 mil kwanzas, que, multiplicado pelos 530, originam gastos de perto de 146,2 milhões de kwanzas.
Uma estratégia de optimização dos serviços do banco prevê acabar com cerca de 40 agências e postos de atendimento, mecanismo que arrasta consigo os ATM dessas unidades.
O banco tinha agendado encerrar oito agências até 31 de Maio, na Chicala, Belas, Camama e ‘11 de Novembro’, além dos balcões dos Zangos Um e Dois, da Filda e o posto de atendimento anexo às instalações dos Serviços de Migração e Estrangeiros de Viana, em Luanda. Ainda assim, há outra lista de agências para encerrar. No plano interno, está prevista a recolocação dos ATM das agências encerradas noutras que tenham maior fluxo de operações, como garante o banco.
Não foi possível apurar o número de multicaixas instalados nas agências que o BPC tem agendado para encerramento, nem mesmo o volume de máquinas avariadas ou as que estão “constantemente” avariadas. Contas dos ATM Segundo dados da EMIS, o país dispõe de 3.026 multicaixas, o que representa um avanço marginal de 3,27%, quando comparado às margens de igual período anterior, cujos índices apontavam para um parque de ATM a rondar as 2.930 máquinas.
Também houve evolução nos Terminais de Pagamento Automático (TPA). De Janeiro a Abril deste ano, o número de TPA ascendia a 87.182 aparelhos, marcando um avanço de 30% face ao contabilizado no mesmo período do ano passado, com 67.031 aparelhos.
Para os dois serviços, a tendência foi crescente ao longo do ano passado. Só os ATM, iniciaram 2017 com apenas 2.894 máquinas, para, a meio do ano, se cifrarem nas 2.920 caixas. O gráfico não parou aqui. Até ao último mês do ano, o número de ATM acabou em 3.026.
Já os TPA fizeram igual percurso, apesar de oscilações a meio do ano. Aliás, o funcionamento dos ATM e TPA depende em parte da manutenção que as instituições bancárias lhes dão. Os TPA iniciaram o ano com 63.681 aparelhos. Até à metade do ano, o número evoluiu para 70.307, para fechar o ano nos 81.030.
Facturam 553,4 mil milhões
Com a evolução dos aparelhos, houve também aumento das transacções na rede de ATM e TPA matriculados pela EMIS. Até ao último dia da semana passada, foram registados 553,4 mil milhões de kwanzas nos levantamentos nos multicaixas, num total de 22,0 milhões de transacções.
Já em compras, ficaram contabilizadas, no mesmo período, 535,3 mil milhões de kwanzas, somas movimentadas num total de 9,7 milhões de transacções.
Dados da Emis até Abril não separam os ATM e TPA por banco. Ou seja, não dizem qual banco tem mais máquinas operacionais, nem mesmo qual o que regista maior transacção nas operações com o multicaixa, estando apenas disponíveis informações gerais.
JLo do lado errado da história