BRINCAR AOS PLANOS
Em duas semanas consecutivas, o Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN 2023-2027) é chamado na capa deste jornal. Não por mera fixação, claro. É por relevância jornalística, considerando a sua natureza estrutural, enquanto instrumento que baliza e projecta o desenvolvimento do país a médio prazo.
Quer na última quer nesta edição, a questão central mantém-se. Impera o consenso entre especialistas e até entre quadros seniores das pastas das Finanças e da Economia que o PDN parte com metas já reconhecidamente inalcançáveis. Ainda assim, o Governo, ao que os factos sugerem, não pretende marcar um pé atrás. Supostamente porque já definiu, à partida, uma revisão das projecções a meio do caminho, ou seja, em 2025.
Nada mais perverso! A prévia programação da revisão do documento não pode ser pretexto para a aprovação de um plano com indicadores reconhecida e manifestamente falsos. Admitir que o Governo não mexa nos números por puro laxismo também parece excessivamente ofensivo para ser verdadeiro. Resta ao que parece uma única explicação: o Governo não o faz porque fez da megalomania um vício insanável sem o qual entra em colapso por efeito da abstinência. Exactamente como acontece como os viciados em drogas, jogos ou em qualquer coisa que (não) valha.
Olhemos para os números. O ano de partida do PND que vai entrar em curso é justamente este 2023. E os últimos três meses deste ano baralharam, sobremaneira, os principais indicadores macroeconómicos.
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JLo do lado errado da história