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CEO continuam confiantes na evolução da economia mundial

26 Jun. 2017 António Nogueira Gestão

LIDERANÇA. Análise ilustra expectativas dos CEO mundiais “face à evolução dos negócios, dos desafios e das estratégias para os próximos três anos. Este ano, porém, o optimismo dos inquiridos é mais moderado em relação a 2016.

 

Pelo menos, 65% dos CEO, a nível mundial, manifestam confiança na evolução da economia mundial, nos próximos três anos, conclui a edição de 2017 do estudo Global CEO Outlook, realizado pela consultora KPMG, divulgado na passada quinta-feira.

Na análise, que ilustra as expectativas dos CEO mundiais “face à evolução dos negócios, dos desafios e das estratégias para os próximos três anos”, o optimismo dos CEO inqueridos pela consultora é mais moderado em relação ao passado, em que o registo, em termos de optimismo, foi de 80%.

Ainda de acordo com a análise, 74% dos directores executivos afirmam que a empresa que lideram pretende ser disruptiva no seu sector de actividade e 83% estão confiantes quanto às perspectivas de crescimento nos próximos três anos.

Destes, 47% dizem estar “muito confiantes”. Cerca de sete em 10 CEO procuram desenvolver as suas competências e qualidades pessoais, “no sentido de melhorarem as suas capacidades de liderança”.

Com a adopção de tecnologias cognitivas, os negócios esperam um crescimento nos quadros de pessoal a curto prazo. Em 10 funções-chave, 58% dos CEO esperam um “ligeiro ou significativo” aumento no número de colaboradores.

Segundo o ‘global chairman’ da KPMG, John Veihmeyer, os CEO compreendem que rapidez e inovação são prioridades estratégicas para crescer num contexto de incerteza e, simultaneamente, “são pragmáticos na gestão da incerteza, o que inclui fortalecer o negócio nos mercados existentes, de forma a protegerem os seus resultados enquanto procuram tirar partido de novas oportunidades”.

O estudo, que incluiu CEO de empresas a operar em 11 indústrias de 10 países, concluiu que a liderança está atenta às mudanças geopolíticas: 43% está a reavaliar a presença geográfica, em resultado das alterações ao ritmo da globalização e ao proteccionismo, 52% acredita que o ambiente político tem agora um maior impacto na organização e 31% crê que as medidas proteccionistas vão aumentar nos próximos três anos.

Uma das mudanças “mais marcantes” na edição deste ano do Global CEO Outlook é o aumento do número de CEO que classificam o risco reputacional como uma preocupação prioritária. Enquanto em 2016 não figurava no top 10, este ano é o terceiro risco mais importante, num total de 16. Os líderes consideram ainda que o risco reputacional tem o segundo maior potencial de impacto na performance dos próximos três anos.

A cibersegurança, que, em 2016, era vista como a maior ameaça, surge este ano em quinto lugar, “reflectindo a opinião dos CEO sobre o progresso das empresas na gestão do risco informático”. Hoje, quatro em cada 10 dizem estar preparados para um acontecimento informático.

A KPMG entrevistou 1.261 CEO em 10 países, nomeadamente Austrália, China, França, Alemanha, Índia, Itália, Japão, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos e 11 indústrias chave – automóvel, banca, infra-estruturas, seguros, gestão de investimentos, ciências da vida, produção, retalho/mercados de consumo, tecnologia, energia/serviços e telecomunicações. Um terço das empresas incluídas no estudo regista ganhos anuais superiores a 10 mil milhões de dólares.