China intensifica inspecção sobre produtos importados
A Comissão Nacional de Saúde da China publicou hoje novos regulamentos para intensificar o controlo sobre produtos importados, após ter detectado o novo coronavírus em embalagens de congelados, incluindo asas de frango oriundas do Brasil.
As novas regras estabelecem a desinfeção minuciosa das embalagens de produtos congelados e a proteção adequada do pessoal em contacto com estes produtos, além do aumento das inspecções sanitárias em toda a cadeia, da chegada às alfândegas até ao ponto de venda.
"Se o resultado de um teste [a um produto congelado importado] der positivo, este deve ser devolvido ou destruído, conforme estipulam as regras", determina-se.
As autoridades chinesas enfatizam ainda a necessidade de registar o trajecto feito por cada um destes produtos, para facilitar o rastreamento de possíveis infecções.
O anúncio surge um dia depois de um estivador no porto da cidade de Tianjin, norte do país, ter sido diagnosticado com covid-19.
O homem foi infectado após ter tido contacto com uma embalagem na qual foram encontrados vestígios do vírus, segundo a imprensa local.
No sábado, as autoridades da cidade de Dezhou, na província de Shandong, alegaram terem encontrado vestígios do vírus durante uma inspecção aleatória de embalagens de carne de porco congelada oriunda da Alemanha, e que desembarcaram no porto de Tianjin, em 19 de Outubro passado, o que pressupõe que o vírus sobreviveu na embalagem por pelo menos 19 dias.
A China registou, no total, 4.634 mortes devido à doença, e 86.245 infectados, desde o início da pandemia, na cidade de Wuhan, no centro do país.
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