Chineses entregam obras da circular do Sumbe a Omatapalo
Alegando falta de financiamento, a empresa chinesa Sinohydro Corporation decidiu entregar à Omatapalo o contrato que tinha com o Governo de Angola para realizar as obras da circular rodoviária do Sumbe, no Cuanza-Sul.
O contrato entre o Governo e a Sinohydro Corporation para a construção da circular rodoviária foi aprovado em Março de 2017, pelo antigo Presidente da República, José Eduardo dos Santos.
As obras não avançaram porque a empresa chinesa dependia de um financiamento da China (LCC) que não foi aprovado. De acordo com um despacho presidencial, a Sinohydro Corporation “reconheceu não ser possível realizar as obras e por isso cedeu a sua posição contratual na totalidade a Omatapalo, em Angola, que tem um financiamento interno para execução da empreitada”.
As obras vão sofrer reajustes técnicos e financeiros.
O centro urbano da cidade do Sumbe tem ligações com o trânsito das estradas EN100 e EN 240 que normalmente é feito por veículos pesados de carga de mercadorias.
O prazo para as obras também foi prorrogado, mas o despacho não especifica uma data para início e fim das obras já a cargo da Omatapalo.
As obras da circular do Sumbe vão custar 89,6 milhões de USD e a aquisição de serviços de elaboração de estudos e projectos de execução, consultoria técnica e coordenação vão custar 5,1 milhões de USD. A aquisição de serviços de fiscalização fica por cinco milhões de USD.
A Omatapalo, nos últimos anos de Governo de João Lourenço, tem beneficiado de várias obras estatais. Muitas são por adjudicações directas. Cerca de 90% provém de contratos simplificados adjudicados por decretos presidenciais sem concurso público. A Omatapalo Angola também ganhou 19 contratos estatais só no ano passado, dos cerca de cem a que concorreu. A empresa quadruplicou assim o volume de negócios face à última década ao longo da presidência de José Eduardo Dos Santos, que terminou em 2017.
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