Chineses presos em operação contra a prostituição
Pelo menos, 15 cidadãos chineses foram presos hoje (19), numa operação em Nairobi, capital do Quénia, por alegado envolvimento em actividades de prostituição, anunciou o Departamento de Imigração do país.
A operação ocorreu “num bordel” no bairro do Sul C, no Sul da capital queniana, indicou o Departamento de Imigração na sua conta oficial da rede social Twitter. Segundo a imprensa local, entre os detidos estão oito mulheres e quatro homens, que foram transferidos para o aeroporto internacional Jomo Kenyatta, em Nairobi, para serem deportados. “Eles serão deportados.
Nós processamos os documentos e eles vão deixar o país”, referiu o director de Serviços de Imigração, Alex Muteshi, citado pelo jornal ‘The Standard’, sem especificar se os detidos residiam ilegalmente no país.
O Código Penal do Quénia não considera crime a prostituição, mas criminaliza terceiros que lucram com esta actividade, explicou a Rede de Assuntos Legais e Éticos do Quénia (KELIN).
As detenções aconteceram meses depois de o ministro do Interior do Quénia, Fred Matiang, declarar guerra aos imigrantes ilegais e estrangeiros que desempenham trabalhos que os quenianos poderiam fazer. O jornal local ‘Daily Nation’ lembrou que, há duas semanas, a polícia invadiu a sede africana da televisão chinesa CGTN, em Nairobi, e deteve brevemente vários jornalistas.
De acordo ainda com o ‘Daily Nation’, a embaixada chinesa reclamou das operações policiais em que os seus cidadãos, com os documentos legais em ordem, acabaram nas esquadras da polícia para verificação.
A 6 de Setembro, as autoridades prenderam um empresário chinês, por chamar ‘macacos’ aos cidadãos do Quénia e ao seu Presidente, Uhuru Kenyatta, o que provocou a decisão de deportação.
Mais de 2.000 estrangeiros foram deportados do Quénia no último mês, segundo a imprensa local.
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