Quénia

Chineses presos em operação contra a prostituição

19 Sep. 2018 Sem Autor Mundo

Pelo menos, 15 cidadãos chineses foram presos hoje (19), numa operação em Nairobi, capital do Quénia, por alegado envolvimento em actividades de prostituição, anunciou o Departamento de Imigração do país.

 

Chineses presos em operação contra a prostituição

A operação ocorreu “num bordel” no bairro do Sul C, no Sul da capital queniana, indicou o Departamento de Imigração na sua conta oficial da rede social Twitter. Segundo a imprensa local, entre os detidos estão oito mulheres e quatro homens, que foram transferidos para o aeroporto internacional Jomo Kenyatta, em Nairobi, para serem deportados. “Eles serão deportados.

Nós processamos os documentos e eles vão deixar o país”, referiu o director de Serviços de Imigração, Alex Muteshi, citado pelo jornal ‘The Standard’, sem especificar se os detidos residiam ilegalmente no país.

O Código Penal do Quénia não considera crime a prostituição, mas criminaliza terceiros que lucram com esta actividade, explicou a Rede de Assuntos Legais e Éticos do Quénia (KELIN).

As detenções aconteceram meses depois de o ministro do Interior do Quénia, Fred Matiang, declarar guerra aos imigrantes ilegais e estrangeiros que desempenham trabalhos que os quenianos poderiam fazer. O jornal local ‘Daily Nation’ lembrou que, há duas semanas, a polícia invadiu a sede africana da televisão chinesa CGTN, em Nairobi, e deteve brevemente vários jornalistas.

De acordo ainda com o ‘Daily Nation’, a embaixada chinesa reclamou das operações policiais em que os seus cidadãos, com os documentos legais em ordem, acabaram nas esquadras da polícia para verificação.

A 6 de Setembro, as autoridades prenderam um empresário chinês, por chamar ‘macacos’ aos cidadãos do Quénia e ao seu Presidente, Uhuru Kenyatta, o que provocou a decisão de deportação.

Mais de 2.000 estrangeiros foram deportados do Quénia no último mês, segundo a imprensa local.