BANCA. Clientes do extinto banco acusam a comissão de falta de comunicação e queixam-se da demora nos pagamentos. Comissão liquidatária garante que sempre esteve disponível para prestar informações e que os pagamentos podem começar em Setembro, depois de fazer acertos com o BNA. Mas rejeita fazer actualizações.

Alguns clientes do antigo Banco Postal lamentam a morosidade na devolução dos valores que estavam depositados na instituição, quatro anos depois do encerramento compulsivo da instituição pelo Banco Nacional de Angola (BNA). 

Os clientes acreditam que, passado este tempo, já deviam ter sido repostos os montantes e que esse dinheiro deve ser actualizado tendo em conta a desvalorização do kwanza. Um representante de duas empresas revela que só uma delas tinha, até 04 de Janeiro de 2019, um saldo positivo de 346,7 milhões de kwanzas em depósito. O que equivalia, na altura, a mais de um milhão de dólares. E hoje com a desvalorização do kwanza, face ao dólar, esse valor vale menos de metade. “Quem tinha um milhão de dólares na altura hoje esse valor vale menos de metade. Quem vai repor esses montantes? Não temos informações, nem da PGR, nem do BNA e nem da comissão liquidatária”, explica.

O representante explica ainda que, depois do encerramento compulsivo, as empresas que representa solicitaram que os valores fossem usados para a importação de bens, “mas sem sucesso”. 

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