Cupenala quer industrialização com ajuda da China
O empresário Luís Cupenala é o único candidato à sucessão de Arnaldo Calado na liderança da Câmara de Comércio Angola-China (CCAC) e promete trabalhar no sentido de tornar a câmara “muito mais interventiva, muito mais competitiva”.
A ideia, explica, passa “fundamente por criar uma estrutura que permita que Angola não seja apenas um compadre pobre que fornece a matéria-prima para o desenvolvimento de outros países, mas que a China traga a experiência que lhe catapultou ao nível dos grandes países, para que Angola se possa industrializar não só para o consumo interno como para a exportação”.
Luís Cupenala, que é vice-presidente da Câmara que existe desde 2017, revela que foi convidado pelo presidente cessante, salientando não ter manifestado muito interesse, na primeira abordagem, há cerca de um ano. “Mas, em Dezembro, voltámos a falar e eu aderi”, recorda o empresário, que também é membro da Câmara de Comércio Angola-África do Sul.
Com o acto eleitoral marcado para 20 deste mês, Manuel Arnaldo Calado garante, por seu lado, que decidiu não mais candidatar-se por entender que “chegou o tempo”, lembrando que, aquando da sua tomada de posse, prometeu que não se candidataria quando sentisse que a câmara já estava no patamar a que se tinha proposto.
“Sinceramente, penso que chegamos ao nível a que nos tínhamos proposto quando tomamos posse. Então, já há outras pessoas para darem seguimento porque, se eu continuar, vou fazer a mesma coisa, vou repetir e,ao invés de fazer crescer, estaria a matar a Câmara. A perspectiva é que um outro colega faça com que a câmara dê o passo seguinte”.
“Quem no fundo acaba por ter poder sobre o judicial...