Despesas com a investigação em Angola não atingem objectivo africano de 1% do PIB
As despesas com a investigação e desenvolvimento estão entre as mais baixas do mundo e não atingem o objectivo africano de 1% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo um estudo hoje divulgado.
No "Estudo sobre a Inovação e Empreendedorismo em Angola", realizado entre 2020 e 2022, apresentado hoje em Luanda, considera-se também que o sistema de inovação em Angola "ainda se encontra numa fase embrionária".
Para "remediar" o baixo orçamento à investigação e desenvolvimento, "o Governo angolano fez um investimento de 100 milhões de dólares [95,2 milhões de euros] em Ciência, Tecnologia e Inovação (CTI) ao longo de cinco anos, parcialmente financiado por um empréstimo do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD)".
"No entanto, é necessário muito mais. Por conseguinte, o Governo deveria aumentar o orçamento atribuído à investigação e desenvolvimento para cumprir o objectivo africado de 1% do PIB para investigação e desenvolvimento", lê-se no relatório.
O aumento do orçamento ao sector "promoverá a criação de uma massa crítica de investigação suficiente para apoiar as prioridades de fabrico e desenvolvimento produtivo estabelecidas e para progredir no sentido dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável", acrescenta-se.
O estudo foi elaborado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD, na sigla em inglês) em parceria com o Programa das Nações Unidas para ao Desenvolvimento (PNUD) em Angola e o Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação angolano.
Segundo a pesquisa, o Governo angolano "está a fazer esforços" para elevar a capacidade científica do Sistema Nacional de Inovação (SNI), mas o ministério "deveria aumentar o financiamento à ciência em geral para evitar ficar atrás do desempenho global, além de melhorar a sua estrutura organizacional no ensino superior".
Lusa
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