Angola produziu e vendeu 775.770 quilates de diamantes em todo o mês de Julho, num encaixe global de 87,9 milhões de dólares, um aumento de quase 10% face ao registo do mês anterior.

Os dados constam de uma informação do Ministério da Geologia e Minas, citado pela Lusa esta sexta-feira, que indicam que as vendas de Angola cifraram-se, em média, nos 109 dólares por quilate, em Julho, contra os 105 dólares do mês anterior.

Os diamantes são o segundo produto de exportação, logo depois do petróleo, e de Junho para Julho essa produção aumentou, em quantidade, quase 2%, indicam os mesmos dados.

De acordo com o Ministério da Geologias, este aumento no volume é justificado com o incremento da produção da mina de Catoca, a quarta maior do mundo do género, enquanto a subida do preço do quilate é explicada pela "qualidade" dos mesmos, nomeadamente os provenientes dos projectos Lulo, Somiluana, Camutue e Luó.

Face ao mesmo mês de 2015, a produção está mais de 10% abaixo, enquanto o encaixe com estas vendas desceu, num ano, quase 24%, tendo em conta os anteriores 115,4 milhões de dólares. Só a produção da mina de Catoca, na Lunda-Sul, garantiu 86% do volume de quilates do país e 59% no valor comercializado.

Entre outros projectos, a concessionária, Endiama, já anunciou que a primeira fase de produção da nova mina de diamantes do Luaxe, no norte de Angola, "o maior kimberlito" descoberto no país e que poderá duplicar a produção nacional, arranca "nos primeiros meses de 2018".