E agora pergunto eu...
Seja bem-vindo querido leitor a este seu espaço onde perguntar não ofende depois de uma semana marcada por eventos políticos cataclísmicos na arena internacional.
O mais recente, as eleições no Reino Unido viram os trabalhistas de centro-esquerda regressarem ao poder depois de 14 anos e com uma maioria absoluta estarrecedora e que reduziu os conservadores a 121 deputados eleitos, a maior ‘porrada eleitoral’ dos seus quase dois séculos de existência. De um círculo de 650 lugares, o Labour (os trabalhistas) elegeram 412, indo 117 lugares para os derrotados do partido conservador e o restante para cerca de uma dezena de partidos pequenos. As explicações para o cartão vermelho do eleitorado estão à vista: o partido conservador foi o grande impulsionador do BREXIT (a saída do Reino Unido da União Europeia), que trouxe milhentos problemas económicos e se descobriu na implementação ter sido um engôdo político - assim à semelhança de uma promessa transformar Benguela numa Califórnia - e, em cinco anos houve cinco primeiros ministros, cada um com o seu tipo de política e as suas novidades e experiências e com a instabilidade que vemos entre nós mas só a nível de alguns ministérios e instituições públicas cujas nomeações dependem do “exonerador implacável”, o pessoal nestes anos de governo girou de tal fora que foi impossível levar a cabo qualquer plano com cabeça tronco e membros. E no Reino Unido as pessoas cansaram-se e voltaram-se para a oposição.
Em França o terremoto criou o movimento inverso com a extrema-direita a vencer a primeira volta, montada num discurso populista, de freio na imigração e a roçar o racismo, essencialmente para castigar o governo de Macron que ganhou em 2017, foi reeleito em 2022 e que deveria governar até 2027, mas convocou eleições antecipadas quando viu a confiança no seu partido quedar nas eleições europeias. O cartão vermelho a Macron deveu-se a um conjunto de dificuldades económicas e a tentativas de aumentos de impostos que resultaram nos protestos em massa dos Coletes Amarelos e que não ficaram sanados, com a perda de poderio e influência nas antigas colónias em África que viram golpes de Estado uns atras dos outros Mali, Burkina Faso, Níger, e que compromete algum sentimento nacionalista, e o facto de ter decidido unilateralmente dissolver a Assembleia Nacional, sem necessidade, o que foi interpretado como uma traição e um acto de arrogância e petulância em face da perda nas eleições europeias.
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