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OVÍDIO PAHULA, JURISTA E DEPUTADO DO MPLA

“É preciso que se corrijam determinadas questões, mesmo ao nível do próprio Governo”

12 Apr. 2022 Grande Entrevista

Critica a falta de fundos para a investigação científica, deplora a humilhação dos catedráticos e justifica que a universidade, em qualquer parte do mundo, é que aponta o caminho e soluções para o desenvolvimento. “Governos inteligentes socorrem-se da academia para gizar políticas públicas”, aponta o académico que reconhece a fome no país.

“É preciso que se corrijam determinadas questões, mesmo ao nível do próprio Governo”

Como olha para a actual situação política, económica e social do país?

Do ponto de vista político é desafiante, porque estamos a viver o período pré-eleitoral. É preciso que todas as forças políticas, fundamentalmente aquelas que são as maioritárias, conduzam o processo com serenidade e com harmonia de forma a que, naturalmente, haja sempre estabilidade para que o nosso país consolide a sua democracia e o seu desenvolvimento.

Reconhece que não há um ambiente pacífico entre as forças políticas, é isso?

É natural que, numa altura dessas, haja sempre algumas picardias, mas é preciso que os dirigentes políticos tenham serenidade. Do ponto de vista económico e social, a situação é também desafiante. O Governo implementou algumas reformas e, normalmente, as reformas trazem sempre mudanças e estas, por sua vez, criam resistência. Mas devemos compreender agora que há alguns frutos.

Pode falar-se em frutos quando há pessoas a morrer de fome?

A fome existe, não devemos negá-la. As dificuldades existem, mas podemos dizer que se está a caminhar para que estas dificuldades sejam superadas. Por exemplo, o país ficou durante muitos anos numa recessão económica, mas, neste momento, já está num crescimento positivo. Ainda hoje se estava a falar de algumas organizações económicas internacionais que sinalizam que a inflação poderá cair nos próximos tempos para 19%, logo, são indicadores positivos.

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