Economia nacional deverá crescer apenas 1,8%, contra os iniciais 2,4% previstos
A Economist Intelligence Unit (EIU) reviu em baixa a previsão de crescimento da economia de Angola, antecipando para este ano uma expansão de 1,8%, menos 0,6 pontos do que os 2,4% previstos, noticia a Lusa com base no mais recente relatório mensal da entidade em causa sobre a economia nacional.
De acordo com os peritos da unidade de análise económica da revista britânica ‘The Economist, “o PIB deve crescer, em média, 2,4% até 2020 devido ao ajustamento aos preços mais baixos do petróleo, a uma expansão ligeiramente maior no consumo privado e na despesa pública”.
A partir daí, acrescentam, “o crescimento deve acelerar ligeiramente, para uma média de 2,9% em 2021 e 2022, já que os preços internacionais do petróleo devem subir cerca de 6,7% ao ano”. No entanto, sublinham, “o investimento fora da área dos hidrocarbonetos vai continuar a ser constrangido pelo difícil ambiente de operações”.
Assim, concluem, “o crescimento médio de 2,4% em 2018 é menos de um quarto da taxa registada na década até 2014, e o PIB real per capita deve contrair a uma média anual de 0,8% neste período”.
O Governo prevê, no orçamento para este ano, um crescimento de 4,9%. Para os analistas da Economist, um reequilíbrio da economia que afaste a dependência do petróleo é fundamental, “mas um processo deste género deve ser demorado, mesmo que as autoridades estejam completamente focadas numa reforma em larga escala”.
Ainda que o Presidente da República, João Lourenço, tenha “um apetite reformador maior do que o esperado, continua por esclarecer se tem vontade de adoptar as reformas duras e a transparência que é necessária para um envolvimento genuíno com o Fundo Monetário Internacional”, concluem.
“A Sonangol competia só com as empresas estrangeiras. Agora está a competir...