indústria diamantífera. Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás projecta a construção de 29 fábricas de lapidação de diamantes, nos próximos cinco anos. Economistas qualificam objectivo “irracional e desnecessário” e recorrem aos exemplos da actual capacidade angolana.

O Governo pretende construir 29 fábricas de lapidação de diamantes até 2027, segundo o Plano de Desenvolvimento Sectorial (PDS 2023/2027), liderado pelo Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás (Mirempet). As novas unidades fabris estão projectadas para as províncias da Lunda-Norte e Lunda-Sul, regiões de exploração diamantífera, no Leste de Angola.

As empreitadas são da responsabilidade das empresas públicas do sector, a Endiama e a Sodiam. A primeira prevê construir, já entre 2023 e 2024, dez unidades, quatro na Lunda-Norte e seis na Lunda-Sul. Por sua vez, a Sodiam tem sob sua alçada a construção de 19 unidades, todas na Lunda-Sul, até 2025. As diamantíferas públicas deverão contar com parceiros privados.

No entanto, há quem duvide do sucesso destas previsões. Por exemplo, o economista Alberto Vunge entende que o Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás está a ser “irrealista”, tendo em conta “a realidade macroeconómica de Angola”. “Para temos um crescimento dessa magnitude, o nível de produção teria de crescer muito. A produção no sector mineral tem uma particularidade. O crescimento não se faz do dia para a noite. Além da capacidade financeira, sempre se vai precisar de tempo para montar a infra-estrutura e não me parece que um espaço de quatro anos seja suficiente para termos um crescimento tão exponencial, como se prevê no PDS 2023/2027”, acrescenta Alberto Vunge.

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