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ANIESA DÁ 2 HORAS PARA A RETIRADA DE MERCADORIAS DO MERCADO

Emaxicom acusada de vender produtos contrafeitos de beleza

02 Nov. 2022 Isabel Dinis De Jure

COMÉRCIO. Empresa faz parte dos grandes contribuintes. Já foram retiradas do mercado mais de 1200 caixas de um produto de coloração de cabelo. Não é a primeira vez que a empresa é acusada de vender produtos duvidosos.

Emaxicom acusada de vender produtos contrafeitos de beleza

A empresa de distribuição Emaxicom está a ser acusada de vender três produtos cosméticos contrafeitos pela Noble Group. O processo já se encontra em tribunal e os três produtos são a Florona Supreme Black Hair, Flo Fami e a Nina Fami.

 A Emaxicom faz parte dos grandes contribuintes e  já actua no mercado há mais de duas décadas, sendo também uma das maiores distribuidoras do país de bens não duráveis, como alimentos embalados, bebidas, artigos de higiene pessoal, medicamentos de venda livre e outros consumíveis.

De acordo com um instrutivo da Autoridade Nacional de Inspecção Económica e Segurança Alimentar (Aniesa), a que o Valor Económico teve acesso, com data de 28 de Outubro, a empresa tinha até duas horas, a partir do momento que tivesse conhecimento do documento, para retirar os produtos do mercado formal e informal.

 O Inspector-geral da Aniesa, Diógenes de Oliveira, declarou que a orientação de obrigar a Emaxicom a retirar os produtos do mercado faz parte de uma decisão do Tribunal da Comarca de Luanda.  “Os produtos são contrafeitos”, justiifca.

A medida cautelar do tribunal orientou a Aniesa como fiel depositária da mercadoria até uma decisão final. Foram entregues hoje à autoridade de inspecção mais de 1200 caixas da marca Florona Supreme Black Hair, um produto para coloração de cabelo. “O tribunal achou melhor, enquanto o processo decorrer, tomar uma medida cautelar, que é a retirada do produto do mercado”, explica Diógenes de Oliveira.

Não é a primeira vez que a Emaxicom é acusada de vender produtos com qualidade duvidosa. Em 2018, o Instituto Nacional de Defesa do Consumidor (Inadec) denunciou a venda de um produto duvidoso da marca Inecto Super Black, um creme de coloração de cabelo.

Na altura, o Inadec referiu que o código de barras da embalagem não correspondia ao original da caixa e que havia uma sobreposição de data em película autocolante.