Embaixada da RDC em Luanda paralisa actividades para saudar datas das mortes de Laurent-Désiré Kabila e Patrice Lumumba
EFEMÉRIDE. Fonte da embaixada disse ao VALOR que a accção é justificada com as comemorações das datas do falecimento dos políticos Laurent-Desiré Kabila e Patrice Lumumba, respectivamente a 16 e 17 de Janeiro. Embaixada encerrada desde Quarta-Feira, 16, só reabre ao público na sexta, 18.
A embaixada da República Democrática do Congo (RDC) em Angola paralisou as suas actividades diárias, desde quarta-feira, 16, para “homenagem à memória de Laurent-Désiré Kabila e Patrice Lumumba”, mortos no dia 16 e 17 de Janeiro, respectivamente, e só reabre ao público na sexta-feira, 18, avançou ao VALOR fonte da instituição.
Segundo a fonte, as datas de 16 e 17 de Janeiro são dias de feriados na República Democrática do Congo (RDC), pelo que a paralisação das actividades na embaixada em Luanda se deveu ao facto. Apesar de feriado, e histórica data para o povo congolês, a embaixada não marcou a efeméride com actividades comemorativas. Aliás, a fonte reforça que as portas da embaixada só estão encerradas desde o dia 16 por ser feriado nacional, sem invocar, no entanto, razões adicionais.
Parte da população congolesa vê na figura de Lumunba a de “maior patriota” que a RDC viu nascer. Ao longo da carreira politica, optou por se “alinhar aos valores anti-imperialistas e do pan-africanismo, defendendo a solidariedade entre os povos do continente, encorajando a luta não-violenta contra o colonialismo e convocando ao diálogo os países desenvolvidos e em desenvolvimento”, como se lê nos vários textos disponíveis com o perfil do politico.
Já Laurent-Désiré Kabila, nascido a 27 de Novembro de 1939, morreu a 16 de Janeiro de 2001 em Kinshasa. Saudado como “herói nacional”, e foi crítico às políticas de Joseph Mobutu, até destituí-lo do cargo. Presidente da RDC desde Maio de 1997, Kabila foi atingido mortalmente no interior de seu gabinete do Palácio Presidencial, em 2001.
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