Empresa detida por Álvaro Sobrinho avança para insolvência por contas arrestadas
A Printer, empresa detida por Álvaro Sobrinho, irá avançar mesmo com um processo de insolvência, depois de uma decisão de um tribunal português neste sentido.
Em comunicado, o Conselho de Administração da gráfica disse que “impedida de aceder às suas contas bancárias, de fazer face às obrigações vencidas e com serviços de electricidade suspensos, a Printer avançou, no dia 27 de Junho, com um pedido de declaração de insolvência”.
A gestão adiantou que “o processo foi distribuído no dia seguinte para o Tribunal de Comércio de Sintra e a 03 de Julho foi proferida sentença, a declarar a insolvência da empresa”, sendo que o “processo seguirá agora os trâmites legais”.
“Sendo a Printer propriedade de Álvaro Sobrinho desde 2012, o juiz Carlos Alexandre, ao mesmo tempo que validou medidas de coação no âmbito de um inquérito que nada tinha a ver com a empresa, decidiu arrestar as suas contas”.
A empresa lembrou que “enfrenta, desde 2022, um conjunto de dificuldades de gestão em consequência de uma decisão judicial”.
A administração assegura que “cultivou, desde sempre, uma relação de transparência com os 126 trabalhadores”, garantindo que “realizou contactos e reuniões regulares com dirigentes e delegados Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Centro, Sul e Regiões Autónomas, a quem nunca ocultou a gravidade da situação. “Este não era o desfecho que queríamos, procurámos evitá-lo a todo o custo. Foram dois anos de uma luta diária por uma empresa histórica, pelos seus trabalhadores e pelas suas famílias. Essa foi sempre a nossa maior preocupação. Lamentamos profundamente um fim que nunca desejámos”, disse o Conselho de Administração da Printer, citado na mesma nota.
No início de Junho, o presidente da administração da Printer Portuguesa, Álvaro Sobrinho, admitia já que não via outra saída para a empresa que não fosse “a provável insolvência”. “Não vejo saída, a não ser a provável insolvência da Printer – do ponto de vista racional e dos ‘cashflows’ gerados”.
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