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Empresa detida por Álvaro Sobrinho avança para insolvência por contas arrestadas

04 Jul. 2024 Agência Lusa | VALOR ECONÓMICO Mercado & Finanças

A Printer, empresa detida por Álvaro Sobrinho,  irá avançar mesmo com um processo de insolvência, depois de uma decisão de um tribunal português neste sentido.  

Empresa detida por Álvaro Sobrinho avança para insolvência por contas arrestadas

Em comunicado, o Conselho de Administração da gráfica disse que “impedida de aceder às suas contas bancárias, de fazer face às obrigações vencidas e com serviços de electricidade suspensos, a Printer avançou, no dia 27 de Junho, com um pedido de declaração de insolvência”.

A gestão adiantou que “o processo foi distribuído no dia seguinte para o Tribunal de Comércio de Sintra e a 03 de Julho foi proferida sentença, a declarar a insolvência da empresa”, sendo que o “processo seguirá agora os trâmites legais”.

“Sendo a Printer propriedade de Álvaro Sobrinho desde 2012, o juiz Carlos Alexandre, ao mesmo tempo que validou medidas de coação no âmbito de um inquérito que nada tinha a ver com a empresa, decidiu arrestar as suas contas”.

A empresa lembrou que “enfrenta, desde 2022, um conjunto de dificuldades de gestão em consequência de uma decisão judicial”.

A administração assegura que “cultivou, desde sempre, uma relação de transparência com os 126 trabalhadores”, garantindo que “realizou contactos e reuniões regulares com dirigentes e delegados Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Centro, Sul e Regiões Autónomas, a quem nunca ocultou a gravidade da situação. “Este não era o desfecho que queríamos, procurámos evitá-lo a todo o custo. Foram dois anos de uma luta diária por uma empresa histórica, pelos seus trabalhadores e pelas suas famílias. Essa foi sempre a nossa maior preocupação. Lamentamos profundamente um fim que nunca desejámos”, disse o Conselho de Administração da Printer, citado na mesma nota.


No início de Junho, o presidente da administração da Printer Portuguesa, Álvaro Sobrinho, admitia já que não via outra saída para a empresa que não fosse “a provável insolvência”. “Não vejo saída, a não ser a provável insolvência da Printer – do ponto de vista racional e dos ‘cashflows’ gerados”.