GALA MARCADA PARA O MUSEU DA MOEDA

Ensa-Arte entrega prémios hoje

ARTES PLÁSTICAS. Mais de 35 artistas concorrem ao grande prémio Ensa-Arte nas categorias de Pintura, Escultura e Gravura, cuja gala está marcada para hoje, no Museu da Moeda, em Luanda, a partir das 16 horas. Cada vencedor desta 14.ª edição recebe um milhão e 500 mil kwanzas, kits de pintura, escultura, gravura e um diploma de mérito.

31034035 976342135824270 115334110 n

Com periodicidade bienal, o prémio Ensa Arte entra na 14.ª edição e já é considerado, quer pela Ensa-Seguros de Angola, quer pelos próprios criadores, o “barómetro” das artes plásticas angolanas, a julgar pelo amplo acervo que o Prémio tem perpetuado com as obras distinguidas.

Há 37 artistas a disputar o grande prémio de Pintura, Escultura e Gravura. Nas diferentes categorias, os vencedores recebem um milhão e 500 mil kwanzas e os segundos classificados um milhão de kwanzas cada um. Para o prémio ‘Juventude’, os vencedores das categorias escultura e pintura recebem 500 mil kwanzas e um kit de material de pintura, escultura e gravura.

O Ensa Arte ainda atribui ao vencedor do prémio ‘Alliance Française de Luanda’ uma residência artística em França durante 30 dias e um curso de francês, na Alliance Française, em Luanda, caso não saiba a língua francesa.

Para o prémio especial de gravura, o vencedor vai receber 500 mil kwanzas. Os artistas não premiados serão agraciados com menções honrosas e ‘kits’ de material de pintura, escultura e gravura.

Para a edição de 2018, a grande novidade é a introdução da disciplina de gravura que antes não fazia parte do prémio.

Prémio desde 1990

O Ensa Arte foi instituído em 1990, pela empresa seguradora de Angola Ensa Seguros, no domínio das artes plásticas, com predominância para a pintura e escultura, sendo a gravura introduzida na edição deste ano.

O júri do Prémio Ensa-Arte divulga, geralmente, a classificação em Abril, mês em que a seguradora foi criada, em 1978.

O Prémio Ensa-Arte partiu da ideia de um grupo de artistas angolanos, como Viteix, Henrique Abranches, Augusto Ferreira, Jorge Gumbe, António Olé, Telmo Vaz Pereira e José Zan Andrade, que, em 1990, realizaram uma exposição colectiva para saudar o 12.º aniversário da Ensa.

Nas três primeiras edições do concurso, que decorreram em 1991, 1992 e 1996, o prémio esteve restrito à categoria de pintura, pelo facto de ser a expressão plástica que reúne maior número de artistas e, consequentemente, por as obras de pintura registarem um maior apuro, ou seja, até finais de 1990, a qualidade técnica e estética era muito mais acentuada do que a verificada nas obras de escultura.

Actualmente, há quem reclame a introdução de outras vertentes plásticas, como cerâmica, tecelagem e fotografia.

Concorrentes da 14.ª edição 2018

Artista – Obra

Pintura Adriano gaspar - ‘Mukanda okupiluka’ Agostinho José

- ‘Homenagem ao soldado desconhecido’ Alberto Vimpi

- ‘Noite de luar no largo’ Ângelo Júlio

- ‘A luz da minha sombra’ Armando Pomba

 - ‘Somos todos iguais’ Cristiano Mangovo

- ‘Os desejos da menina

– carta preta’ Domingos francisco

– ‘Olhos internos- liberdade no mundo das crianças’ Eduardo Vueza

– ‘Nossas raízes’ Euclides Fernandes – ‘Cultura rompida’ Gonçalves Gonga

– ‘Lágrimas de um mendigo’ Guilherme André

– ‘Cronografia intemporal - cesariana’ João Kabango

– ‘Contraste da vida – urbana e musseke’ José dos Santos

– ‘Peixe do cabo’ Maiomona Vua

– ‘Optimista na educação da futura família’ Mário Nunes

– ‘Ser mãe’ Maurício Macama

– ‘Esperança’ Mateus dos Santos

– ‘Resgate dos símbolos e dos valores morais e culturais’ Papino Mbngo

– ‘Carga doce- a música’ Ricardo Ângelo

– ‘Caminhos e destinos’ Samuel Nunes

– ‘Cada mãe lambe seu filho’ Sebastião Cassule

– ‘Faça-se luz – causa e efeito’ Serafim Yssolo

– ‘Momentos de Glórias’ Silvestre Panzo

– ‘A genética do Amor’ Simão Sebastião

– ‘Floco de Pele’ Sozinho Lopes

– ‘Sociedade secreta - zingunga’ Escultura Amândio Henriques

- ‘Imagens 3D’ Ângelo Júlio

- ‘O espaço de um espaço - espaço’ Jermano da Silva

- ‘Os soberanos do Ndongo’ José Resende e Silva

- ‘Freezer 1 e 2’ Luís da Silva

- ‘Estudo do equilíbrio’ Sozinho Lopes

- ‘Polifonia do pretérito presente – cinganji miquixe’ Valdes Ruiz

- ‘Vida’ Gravura Evadilson José Ferreiro

- ‘Malambas da vida’ Eduardo Sebastião

- ‘O rosto de África XXV’ Euclides André Miguel

- ‘To kwatenena – a passagem obrigatória’ Manuel José Ventura

- ‘Ku sokoloké – weza ubuntologia’

 

 

Vencedores das edições passadas

1991 - Vítor Teixeira ‘Viteix’ categoria de pintura, com a obra ‘Banda Jazística’

1992 - António Olé, pintura

1993 - Francisco Domingos Van-Dúnem (Van), pintura

1998 - Jorge Gumbe, Pintura e escultura Masongi Afonso

2000 - Luandino de Carvalho, pintura e escultura Masongi Afonso

2002 – Masongi Afonso, escultor e Pintura Álvaro Macieira

2004 – Van, Grande Prémio de Pintura 2006

- Marcos Ntangu, pintura, prémio juventude Fineza Teta primeiro, e único até agora, auto-retrato premiado.

2008 - Guilherme Mampwya, pintura e escultura Ana Suzana David ‘Kiana’

2010 – Miguel da Franca, pintura

2012 - Ângelo Carvalho, pintura

2014 - Fineza Teta dos Santos ‘Fisty’, pintura e escultura Sozinho Lopes

2016 - Ângelo de Carvalho Júlio, pintura e escultura Maiomona Vua