A escassez de ração que se verifica na Lunda-Sul está a criar enormes dificuldades aos criadores de peixe, provocando uma redução significativa da oferta de tilápia nos mercados locais.

Apesar desse cenário bastante desafiador, nos mais de 470 tanques, que funcionam  como banco de produção de gemo plasmas e "casa” para a engorda, é visível a presença em quantidade dos cacussos e bagres.

As infra-estruturas são  geridas por agricultores individuais/associados, em todos os municípios da Lunda-Sul.
Segundo o director Agricultura, Nelson Senguetali, os investimentos assinalam  o relançamento da aquicultura que  começou em 2012, na Mona Quimbundo, com o lançamento de primeiros alevinos aos tanques piscícolas, e multiplicação de estacas de mandioca de ciclo vegetativo curto (seis a oito meses), no quadro de dois projectos, financiados pelo Programa de Apoio ao Desenvolvimento Económico e Social PADES.

É do banco de Mona Quimbundo que saíram os alevinos para "povoar” 12 tanques afectos a uma associação de antigos combatentes na aldeia de Cangombe, arredores da sede de Muconda. Os avanços reflectiram também na instalação de  quatro tanques no Dala, e 20 unidades de exploração familiar  e 12 outras, de exploração empresarial, em várias localidades.

Nelson Senguetali afirmou ao Jornal de Angola que a parceria do Governo e a Sociedade Mineira de Catoca, visa tirar proveito das potencialidades agro-pecuárias da região para garantir a auto-suficiência em peixe e mitigar a dependência do litoral. A dificuldade de acesso à ração para alimentar os peixes, especialmente na fase de engorda, é o "ponto fraco” dos criadores.
                                                                                                    Jornal de Angola/VE