Estado quer travar importações de sementes agrícolas
O Ministério da Agricultura quer dinamizar a instalação de empresas especializadas na produção de sementes, para travar as elevadas importações que ainda são necessárias.
O director do Serviço Nacional de Sementes do Ministério da Agricultura, Augusto Caetano, informou hoje que está a ser feito um esforço para se estimular os agricultores a utilizarem sementes certificadas, já que os custos de importação desestimulam a sua aquisição.
"O país não está bem em termos de produção de sementes. Quando falamos de sementes certificadas, de um modo geral, esta semente é importada e ainda é em quantidades consideráveis", disse Augusto Caetano, aos jornalistas, acrescentando que Angola não pode continuar a manter o sistema de importação.
Segundo Augusto Caetano, as sementes importadas são das de milho, feijão e basicamente de todos os hortícolas.
"Vamos tentando fazer algum esforço para controlar as sementes que entram, mas há muita semente que entra de modo informal no país. São as sementes que mais se importam e também são as que começamos com a aposta, no caso milho e batata.
O milho, nós estamos a produzi-lo no Cuanza Sul e a batata na Huíla", apontou.
O responsável adiantou que decorrem trabalhos para a instalação de uma rede no país de laboratórios, para o controlo da qualidade das sementes.
"Pretendemos promover a criação de mais empresas de sementes, queremos que os nossos produtores locais de sementes interajam com os produtores da região, com o objetivo de adquirir destes, sementes com níveis superior de qualidade e que possam se adaptar às condições de algumas localidades dentro do nosso território", explicou.
Em Luanda está já instalado um laboratório e existe uma proposta para a criação de estruturas iguais nas províncias de Benguela e do Huambo, bem como a instalação de alguns postos de quarentena, numa primeira fase nas regiões do Cunene e Benguela, que deverão entrar em funcionamento de modo faseado no próximo ano.
Augusto Caetano reconheceu que nos últimos anos não foram desenvolvidos trabalhos de pesquisa que pudessem garantir a existência no mercado, actualmente, de sementes de qualidade melhorada.
Acrescentou que Angola pretende colher a experiência de países vizinhos, com trabalhos investigativos já terminados nesta área.
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