‘Estrela da Floresta’ aposta na transformação da madeira
INDÚSTRIA. Empresa está a desenvolver plantações de fibra de madeira em grande escala, no Huambo, numa área com mais de 80 mil hectares, para impulsionar negócio.
A ‘Estrela da Floresta’, que se propõe a “desenvolver o ecossistema florestal de Angola”, anunciou o início das suas operações com a abertura oficial de um escritório, no Huambo, tendo ainda planos para abrir um outro na cidade do Lobito, Benguela, informa a empresa, num comunicado, a que o VALOR teve acesso.
No Huambo, a firma adquiriu a sua primeira grande plantação de árvores, numa área com mais de 80 mil hectares, “concessionada pelo Governo angolano para desenvolver plantações de fibra de madeira em grande escala”.
Entretanto, outras plantações de árvores, compostas por eucaliptos, pinheiros e ciprestes, são também administradas pela empresa em outras províncias, destacando-se Benguela, Huíla e Bié.
Como parte da sua estratégia comercial, a ‘Estrela da Floresta’ já deu início à comercialização de madeira proveniente das suas plantações de eucaliptos, realçando que “os primeiros contratos foram assinados em Setembro de 2016” e que “os clientes já iniciaram as operações de colheita de madeira”.
No decurso das suas actividades, a empresa promete tomar medidas para salvaguardar o ambiente e as necessidades sociais em todas as regiões em que desenvolve a actividade, tendo em atenção “a protecção da flora e fauna local, além de levar em conta as comunidades locais e os seus direitos tradicionais”. Além disso, a ‘Estrela da Floresta’ promete certificar todas as suas plantações florestais com a Forest Stewardship Council, um sistema de certificação florestal internacional.
“Estamos muito satisfeitos com a criação da Estrela da Floresta, o que representa um marco significativo para o Fundo de Silvicultura da Quantum Global”, declarou o presidente da Quantum Global, Jean-Claude Bastos de Morais, reforçando que a empresa em causa construirá um ecossistema florestal sustentável que vai proporcionar maiores benefícios para todos os angolanos no curto e longo prazos.
“Quando feitos com um forte compromisso de preservação do meio ambiente, os investimentos em florestas promovem o desenvolvimento económico, o crescimento e a geração de empregos e o desenvolvimento socio-económico no geral, através da criação de postos de trabalho nas zonas rurais e o mais importante, apoiando a diversificação económica”, salientou.
O projecto prevê criar 50 novos postos de trabalho para jovens angolanos, para desempenhar funções de guarda-florestal.
A ‘Estrela da Floresta’ salienta, por outro lado, que as produções em curso vão concentrar-se no mercado interno. Entretanto, não se descarta a possibilidade de se exportar produtos florestais com valor acrescentado “caso haja procura significativa de outros mercados”.
“A Sonangol competia só com as empresas estrangeiras. Agora está a competir...