EUA impõem sanções à gigante russa de diamantes Alrosa
O Governo dos Estados Unidos anunciou a imposição de sanções contra a gigante russa Alrosa, que explora a mina de Catoca, principal fornecedora de diamantes em Angola.
O Departamento de Estado dos EUA também colocou a United Shipbuilding Corporation na lista negra, bem como 28 subsidiárias e os membros da direcção da empresa militar russa de construção naval.
A medida bloqueia o acesso dos dois grupos ao sistema financeiro norte-americano.
"Estas acções, tomadas com o Departamento de Estado e em coordenação com os nossos aliados e parceiros, reflectem o nosso esforço contínuo para restringir o acesso do Kremlin a activos, recursos e sectores da economia que são essenciais para alimentar e financiar a brutalidade de [o presidente russo, Vladimir] Putin", disse o subsecretário do Tesouro para o Terrorismo e Inteligência Financeira, Brian Nelson.
A Alrosa é a maior empresa de mineração de diamantes do mundo e responde por cerca de 90% da capacidade de mineração de diamantes da Rússia, de acordo com o Departamento do Tesouro dos EUA.
A Alrosa gerou receitas de mais de 4,2 mil milhões de dólares em 2021. Os diamantes são uma das 10 principais exportações não energéticas da Rússia.
No final de Março, quando o Reino Unido anunciou sanções contra a Alrosa, uma fonte da Sociedade Mineira de Catoca disse que as medidas não iriam afectar a empresa angolana e descartou a possibilidade de despedimentos.
A empresa não seria também afectada pelas sanções impostas à banca russa, designadamente ao VTB África, banco que opera em Angola, uma vez que "trabalha maioritariamente com bancos nacionais", disse a fonte.
A Sociedade Mineira de Catoca é constituída pela Endiama (Angola), com 41%, Alrosa (Rússia), com 41% e a Lev Leviev International -- LLI (China), com 18%.
Lusa
“A Sonangol competia só com as empresas estrangeiras. Agora está a competir...