Executivo adopta “medida preventivas” para minimizar efeito de sanções sobre Alrosa
O ministro dos Recursos Minerai, Petróleos e Gás disse hoje que o executivo adoptou medidas para minimizar o efeito das sanções sobre a gigante da mineração russa, Alrosa, que participa nos principais projectos diamantíferos em Angola.
A diamantífera estatal russa, que explora a mina de Catoca, principal fornecedora de diamantes em Angola em parceria com a Endiama, e participa também na concessão do projecto mineiro de Luaxi, foi alvo de sanções por parte dos EUA e do Reino Unido devido ao conflito russo.
Hoje, durante um encontro com jornalistas em Luanda, para assinalar a abertura das Jornadas do Mineiro, responsáveis angolanos desvalorizaram o impacto destas decisões, garantindo que foram adoptadas medidas para minimizar o impacto sobre as operações mineiras em Angola
"Não estamos dependentes da Alrosa para desenvolver Catoca e Luaxi", disse o ministro Diamantino Azevedo, indicando que o projecto mineiro já iniciou a fase de produção experimental
O governante sublinhou a "capacidade" dos recursos angolanos que tem demonstrado estar preparados para atender as necessidades da indústria mineira e adiantou que existe um "plano de acção".
"Quando se iniciou esta situação entre a Ucrânia e Rússia tomámos medidas preventivas, vimos quais os cenários possíveis e estamos a trabalhar para, perante os factos, podermos implementar os cenários previstos", afirmou o ministro sem entrar em detalhes
O presidente da diamantífera estatal angolana Endiama, Ganga Júnior reforçou que foram tomadas "algumas medidas no sentido de as sanções não se reflectirem negativamente" na produção angolana, mas salientou que se assiste neste momento a uma fraca procura no mercado de diamantes, com implicações na descida dos preços.
"A situação não esta fácil e não se limita a Catoca, mas a todo o mercado de diamantes", frisou.
Lusa
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