Exploração de inertes, o negócio milionário que viola a lei ambiental e o código mineiro e ocorre em zonas de pobreza extrema
ACTIVIDADE EXTRACTIVA. São milhões de kwanzas facturados todos os dias sem qualquer respeito pela
legislação angolana, sobretudo a ambiental, com impactos nefastos para a saúde de muitas pessoas. Falta de fiscalização deixa as empresas impunes que seguem a actividade de exploração de minerais para a construção civil, abrindo novos grandes buracos. Populações residentes perto das zonas debatem-se com pobreza extrema, falta-lhes de tudo.
São zonas que movimentam milhões de kwanzas diariamente, com a extração de matérias-primas essenciais para a construção civil, desde areia, brita, calcário e burgau.
A exploração desses inertes em zonas como o Sequele, até há pouco tempo pertencentes a Luanda, mas agora inseridas na nova província do Icolo e Bengo, é feita sem qualquer observação da lei ambiental e do código mineiro.
É comum a todo o momento saírem e entrarem camiões nos bairros ‘Bênção de Deus’, ‘Sombra dos Embondeiros’ e ‘Tande 1 e 2’, onde existem as maiores explorações no país. Transportam tudo que é areia e outros tipos de inertes, levantando grandes quantidades de poeira que adensam o clima triste aguçado pela pobreza.
O acesso é difícil, as vias encontram-se acidentadas e arenosas, embora algumas recentemente tenham recebido obras paliativas de terraplanagem, concretamente no Bênção de Deus. Somente os camiões circulam com alguma normalidade por estes bairros, razão pela qual os principais meios de transporte dos moradores são motorizadas que fazem o serviço de moto-táxi.
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