No Namibe

Fábrica precisa de 75 mil euros para engarrafar vinho

08 Jun. 2020 Empresas & Negócios

Uma fábrica de vinho tinto em funcionamento há apenas cinco meses não consegue engarrafar a bebida por falta de financiamento para comprar vasilhames e alguns equipamentos para a linha de enchimento.

Fábrica precisa de 75 mil euros para engarrafar vinho
D.R

Propriedade da fazenda ‘Simão Cruz’, em Moçâmedes, Namibe, e com capacidade para engarrafar 240 mil litros por ano, a fábrica necessita de um empréstimo de 75 mil euros para a conclusão da montagem da linha de engarrafamento.

Ainda em regime experimental, já produziu 80 mil litros de vinho tinto, enquanto outros 50 mil se encontram em processamento.

Em entrevista à Agência Angop, o responsável da unidade fabril, Rogério Paulo, declarou “existirem condições técnicas, humanas e materiais”, faltando apenas os 75 mil euros, valor calculado para se comprar 106 mil garrafas de 75 mililitros e igual número de rolhas. “O nosso grande objectivo é oferecer vinho de qualidade aos nossos clientes, pois temos todas as condições que vão desde o fabrico, inspecção laboratorial até à sua comercialização”, garante Rogério Paulo.

A matéria-prima é garantida a partir da produção de 66 mil toneladas de uvas/ano, das quais 40 mil destinadas à produção de vinho tinto e outras 20 mil toneladas de uvas de mesa para consumo diário.

Além da produção de uvas, a fazenda conta com o projecto de cultivo de oliveiras, num espaço de 20 hectares.

A fazenda importou da África do Sul 14.400 oliveiras de origem italiana, mas nenhuma se adaptou ao clima local “produzindo apenas lenha e nada de frutos”.