Facebook e Instagram prometem revelar tempo gasto nas redes sociais
APLICATIVOS. Já quis saber quanto tempo, por dia, passa nas redes sociais? Duas empresas vão ter um contador que lhe vai dizer quanto tempo despende em cada uma.
As redes sociais podem consumir bastante tempo sem percebermos. “Vou só ver como está aquilo que partilhei”. Cinco minutos depois, “deixa só responder àquela fotografia”. No final do dia todos estes “pequenos momentos” acumulados podem chegar a horas. Desde a passada quarta-feira, foi o que as aplicações do Facebook e do Instagram prometeram fazer: contar o tempo e mostrar.
A funcionalidade anunciada pelo Facebook em conferência telefónica com jornalistas, segue as tendências anunciadas pela Apple e a Google que, em próximas versões dos seus sistemas operativos móveis, vão disponibilizar os mesmos dados. No final, o objectivo é o mesmo: tornar os utilizadores mais conscientes do tempo que despendem com as apps e aparelhos electrónicos.
Como explicou Ameet Ranadive, director de Bem-Estar de Produto do Instagram, a mudança surge também porque do “lado do Facebook têm sido feitas várias mudanças no Feed de notícias para tornar mais fácil para as pessoas construírem relações e reduzirem o consumo passivo de conteúdo com pouca qualidade”.
A justificação do consumo passivo é a mesma que Mark Zuckerberg, fundador e presidente executivo da empresa que detém as redes sociais, deu no Congresso americano na audição após a divulgação do caso Cambridge Analytica. Segundo o americano, o problema nas redes sociais é o consumo passivo, sem interacções. Ou seja, se não partilhar fotografias ou fizer comentários e utilizar as redes sociais apenas como um mirone, a gratificação retirada pela utilização das redes sociais não é benéfica, diz o empresário.
O principal objectivo, disse Ranadive aos jornalistas, é dar aos utilizadores mais informação sobre o tempo que despendem na aplicação. A longo prazo, e depois de ver como os usuários vão receber esta funcionalidade, o Facebook espera ‘evoluir’ a ferramenta para, eventualmente, permitir controlo parental nas aplicações (consolas de jogos, como a Nintendo Switch têm já ferramentas neste âmbito para os pais porem contadores no tempo de jogos para os filhos).
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