Mais de 600 empresas participantes

Filda arranca em Luanda em vésperas de campanha eleitoral

16 Jul. 2022 Economia / Política

Com eleições à porta e na ressaca do luto do ex-presidente, a 37.ª edição da Feira Internacional de Luanda (Filda) arrancou hoje em tom optimista face às perspectivas de negócios, que não deverão ser afectados pelo período eleitoral.

Filda arranca em Luanda em vésperas de campanha eleitoral

"Nada vai impedir que a economia continue a funcionar. O facto de haver eleições não significa que a economia pare, não pode parar, as pessoas têm de comer todos os dias", disse o ministro de Estado e da Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior.

Milhares de pessoas, entre visitantes e expositores, acorreram hoje de manhã à Zona Económica Especial (ZEE) de Luanda para a inauguração da Filda, que deveria ter começado na terça-feira e acabado hoje, mas foi adiada devido ao luto nacional decretado pela morte do antigo presidente angolano José Eduardo dos Santos, no dia 08 de Julho.

A sombra de "Zedu", como era popularmente conhecido, pairava ainda hoje sobre a Filda onde os discursos inaugurais foram antecedidos por um minuto de silêncio e os ministros fizeram questão de evocar o chefe de Estado, expressando "tristeza e consternação" pelo seu desaparecimento.

Apesar dos constrangimentos que provocou às empresas – 630, segundo os números da organização, entre as quais 200 estrangeiras provenientes de 15 países, incluindo 24 portuguesas -- os expositores mantiveram a sua presença.

"Não tenho conhecimento de que tenha havido desistências. Os países inicialmente previstos são os que estão aqui", sublinhou Nunes Júnior, durante a visita, em que foi acompanhado de uma comitiva que integrou também os seus colegas de governo com a pasta da Economia e Planeamento, Mário Caetano João, e Indústria e Comércio, Vítor Fernandes.

                                                                                                                                     Lusa