Filda arranca em Luanda em vésperas de campanha eleitoral
Com eleições à porta e na ressaca do luto do ex-presidente, a 37.ª edição da Feira Internacional de Luanda (Filda) arrancou hoje em tom optimista face às perspectivas de negócios, que não deverão ser afectados pelo período eleitoral.
"Nada vai impedir que a economia continue a funcionar. O facto de haver eleições não significa que a economia pare, não pode parar, as pessoas têm de comer todos os dias", disse o ministro de Estado e da Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior.
Milhares de pessoas, entre visitantes e expositores, acorreram hoje de manhã à Zona Económica Especial (ZEE) de Luanda para a inauguração da Filda, que deveria ter começado na terça-feira e acabado hoje, mas foi adiada devido ao luto nacional decretado pela morte do antigo presidente angolano José Eduardo dos Santos, no dia 08 de Julho.
A sombra de "Zedu", como era popularmente conhecido, pairava ainda hoje sobre a Filda onde os discursos inaugurais foram antecedidos por um minuto de silêncio e os ministros fizeram questão de evocar o chefe de Estado, expressando "tristeza e consternação" pelo seu desaparecimento.
Apesar dos constrangimentos que provocou às empresas – 630, segundo os números da organização, entre as quais 200 estrangeiras provenientes de 15 países, incluindo 24 portuguesas -- os expositores mantiveram a sua presença.
"Não tenho conhecimento de que tenha havido desistências. Os países inicialmente previstos são os que estão aqui", sublinhou Nunes Júnior, durante a visita, em que foi acompanhado de uma comitiva que integrou também os seus colegas de governo com a pasta da Economia e Planeamento, Mário Caetano João, e Indústria e Comércio, Vítor Fernandes.
Lusa
“A Sonangol competia só com as empresas estrangeiras. Agora está a competir...