Formalizada acusação dos implicados no ‘caso Lussati’
A acusação dos mais de 20 arguidos, implicados no ‘caso Lussati’, entre militares e civis, acusados dos crimes de peculato e recebimento indevido de capitais, já foi formalizada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Os arguidos e os advogados, de acordo com o porta-voz da PGR, Álvaro João, “foram já notificados da acusação e, após a observação de algum formalismo, o processo será remetido a juízo para efeito de julgamento”.
Os implicados, entre oficiais das Forças Armadas Angolanas (FAA) e civis, estão a ser acusados de crimes de peculato, recebimento indevido de capitais, branqueamento de capitais e associação criminosa.
Ligado à Casa de Segurança do Presidente da República e tido como o ‘cabeça’ do grupo, o major Pedro Lussati está detido desde Junho deste ano, depois de ter sido encontrado na posse de milhões de dólares, euros e kwanzas guardados em viaturas, malas e caixotes. Dentre as várias apreensões, estão igualmente bens móveis e imóveis do oficial militar das FAA indiciado pelos crimes de peculato, retenção de moeda e associação criminosa.
Lussati foi detido no âmbito da ‘Operação Caranguejo’, o que terá concorrido, pouco depois, para a exoneração de vários oficiais ligados à Casa de Segurança do Presidente, arrolados neste processo.
Na sequência deste processo, o general Pedro Sebastião, então ministro de Estado de Chefe de Casa de Segurança do Presidente, foi exonerado por João Lourenço e, em substituição, nomeado o general Francisco Pereira Furtado.
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