“Funcionamento ineficiente” do PAC provoca queda do conselho de administração do BDA
O conselho de Administração do Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) foi exonerado hoje pelo Presidente da República que alega haver “funcionamento ineficiente” do Projecto de Apoio ao Crédito (PAC).
O "funcionamento ineficiente do referido Programa levou à necessidade de se proceder a alterações profundas ao nível da estrutura de direcção do BDA (Conselho de Administração)”, justifica João Lourenço na página oficial da Presidência da República no Facebook. Normalmente as exonerações ordenadas pelo Presidente da República não têm merecido justificações oficiais.
Foram exonerados do conselho de administração do BDA António Sozinho, presidente do Conselho de Administração, Samahina Saúde, Leonel da Silva, Constantino dos Santos e Aníbal Rocha, administradores não executivos. Todos eles nomeados em 2020.
Para direcção do BDA a escolha recaiu na antiga administradora dos bancos BCI e BCS, Maria do Carmo Bastos Corte Real Bernardo, formada em economia, na Croácia.
A reestruturação do PAC, justifica o Governo, visa o aumento sustentável da produção interna. A medida serve para responder à crescente procura por instrumentos para financiamento de projectos do sector produtivo nacional.
Hoje foi também reestruturado o Fundo Activo de Capital de Risco Angolano (FACRA). Segundo o Executivo a mudança pretende dotar o fundo de um modelo de gestão mais “consentâneo” com o actual contexto da economia.
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