Funcionários da EPAL em greve a partir de quinta-feira
Funcionários da Empresa Pública de Águas de Luanda (EPAL) vão fazer greve por tempo indeterminado, a partir de quinta-feira, para "exigir" o pagamento regular dos salários, melhores condições laborais, assistência médica e seguro obrigatório contra acidentes, foi hoje anunciado.
A paralisação dos funcionários ligados às áreas de produção, captação, tratamento e distribuição de água na capital, com cerca de oito milhões de habitantes, foi anunciada pelo primeiro secretário sindical da EPAL, António Martins.
Segundo o sindicalista, os constantes atrasos salariais, a falta de condições de trabalho, a falta de assistência médica e medicamentosa e a falta de seguro obrigatório contra acidentes de trabalho e doenças profissionais constituem alguns dos pontos do seu caderno reivindicativo.
Em caso de sinistro, explicou, o trabalhador da EPAL "é que tem custeado todas as despesas relativamente à reparação dos danos físicos que sofre", verificando-se também "desvios de valores para o pagamento de imposto" no Instituto Nacional de Segurança Social (INSS).
"Alguns trabalhadores com idade de reforma sentem-se obrigados a fazer um trabalho que é industrial e para o qual, pela sua natureza, é necessário um técnico mais jovem, mas por falta de pagamento no INSS esses são obrigados a continuar a trabalhar mesmo estando com capacidade física e psicológica reduzida", disse o sindicalista.
Durante a paralisação os grevistas garantem os serviços mínimos para o fornecimento de água à população.
Lusa
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