Funcionários do BPC pedem suspensão dos despedimentos
Trabalhadores do Banco de Poupança e Crédito (BPC) selecionados para afastamento pediram a suspensão dos despedimentos colectivos, até que se chegue a acordo, com vantagens mais equilibradas entre as partes.
A posição foi divulgada, em conferência de imprensa, pela Comissão Sindical do BPC, que considera a terceira fase do Plano de Recapitalização e Reestruturação (PRR) do banco marcada "por acções pouco pedagógicas", por contrariarem os interesses actuais do Governo de promoção do emprego e da empregabilidade.
Sofia Nicolau, segunda-secretária da Comissão Sindical do BPC, citada pela agência Angop, frisou na conferência de imprensa que no caderno reivindicativo consta a revisão dos despedimentos por extinção, por haver apenas encerramento de algumas agências e continuarem a existir os postos de trabalho.
Segundo a sindicalista, os despedimentos estão a ocorrer como se tratasse de falência da empresa, por serem colectivos, o que acontece apenas em caso de falência total da empresa.
"O que se verifica é que o BPC mantém os postos de trabalho", referiu Sofia Nicolau, solicitando que sejam dadas indemnizações de 1,5 milhões de kwanzas, sem tributação, por cada ano de trabalho, aos funcionários com mais ou menos de cinco anos de trabalho.
"Então uma pessoa que perde o emprego ainda paga Imposto de Rendimento de Trabalho?", questionou.
Numa outra conferência de imprensa, o presidente do Sindicato Nacional dos Empregados Bancários de Angola acusou o Governo de ser o único responsável pelos resultados negativos do BPC, originando a dispensa de quase 2.000 trabalhadores.
Filipe Makengo frisou que um dos motivos do mau desempenho do banco está ligado ao crédito malparado, por isso o executivo deve cobrar aos devedores, muitos deles privados, ligados ao comércio, e que estão identificados.
“A Sonangol competia só com as empresas estrangeiras. Agora está a competir...