Uma missão do Grupo de Acção Financeira Internacional (GAFI) inicia, em Outubro, uma avaliação da conformidade legal do sistema financeiro angolano, num processo que se estende até Junho de 2022, no qual o ministro de Estado para a Coordenação Económica se manifestou confiante.

Manuel Nunes Júnior revelou a missão no encerramento de um Seminário de Pré-Avaliação Mútua, um procedimento que se realizava desde quarta-feira, consagrado à verificação da conformidade técnica e da eficácia na aplicação da legislação de combate ao branqueamento de capitais, financiamento do terrorismo e proliferação de armas de destruição em massa.

O ministro reafirmou, naquela ocasião, o "total compromisso” do Governo na implementação de reformas que conformam Angola com as 70 recomendações da GAFI, declarando que "neste processo de avaliação, temos de ser capazes de demonstrar os progressos que Angola tem evidenciado nesses domínios e, deste modo, assegurar a confiança do resto do mundo no nosso sistema financeiro”.

A avaliação vai ser levada a cabo por  peritos do Grupo Anti-branqueamento de Capitais da África Austral (ESAAMLG, sigla inglesa), em representação da GAFI,  recaindo sobre o Banco Nacional de Angola (BNA) e um número representativo de operadores bancários seleccionados de forma aleatória.

A avaliação é crucial, porque vai determinar o nosso conhecimento sobre os riscos que enfrentamos neste domínio, a sua mitigação, prevenção e a repressão dos crimes envolvidos”, considerou o ministro.

A directora-geral da Unidade de Informação Financeira (UIF), Francisca de Brito, declarou que Angola tem estado a evoluir muito nos últimos anos, depois de ser admitida como membro da ESAAMLG, em Setembro de 2012, altura em que terminou a primeira avaliação.