Governo mais gordo contraria intenção de João Lourenço de fazer contenção
REMODELAÇÃO. Já há mais três ministérios do que em 2020. Cultura e Turismo voltam a estar separados. Há quatro anos, Presidente da República garantia contenção nos gastos. Nova remodelação reduz poderes a Filipe Zau.
No final da semana passada, o Presidente da República resolveu ‘partir’ os ministérios da Cultura e do Turismo em departamentos diferentes, numa decisão que levanta dúvidas, mas também recebe aplausos.
A mudança é tida por alguns como “acertada”, mas considerada, por outros, “como um sinal de desorientação”, como é o caso do economista Jonuel Gonçalves.
Esta é a segunda vez que João Lourenço decide fazer mudanças nestes três ministérios e a quarta na estrutura central do Governo. Angola passa assim a ter 24 ministérios. Já há mais três desde 2020, contrariando a ideia inicial do Presidente que anunciou a intenção de ‘emagrecer’ o Executivo.
Em resposta aos apelos do Presidente da República, que pediu ao novo ministro do Turismo para fazer um diagnóstico ao sector para descobrir por que “razão é que, com todas as condições que Angola tem” o país não consegue ainda “verdadeiramente atrair turistas”, o presidente da Associação dos Hotéis e Resorts de Angola (AHRA) entende que os potenciais turistas encontram problemas “estruturais graves”.
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