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MINISTRA QUER MUDANÇA DE PARADIGMA

Harmonização curricular vai permitir mobilidade académica

CONFERÊNCIA. Ministra Maria do Rosário Sambo defende que os desafios do ensino superior não se confinam a uma nação devido à interligação mundial, à liberalização da economia, à livre circulação de trabalho e capital e ao avanço das tecnologias de comunicação.

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A ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria do Rosário Sambo, defendeu que a harmonização curricular poderá permitir, para além da comparabilidade dos cursos, a mobilidade discente e a definição de padrões curriculares semelhantes a referências aceites nacional e internacionalmente.

A harmonização dos planos curriculares dos cursos de graduação, segundo a governante, que presidia, na passada semana, à abertura do seminário nacional sobre ‘Harmonização curricular’, “não é sinónimo de uniformidade, mas o processo de ajustamento de um mesmo domínio científico a um perfil de profissional a ser formado”.

No colóquio, que decorreu em Luanda sob o lema ‘Promover a harmonização curricular para contribuir para a qualidade do ensino superior – aprendizagem no ensino superior’, a harmonização é igualmente “sinónimo de convergência que coordena diferentes sistemas através da eliminação de grandes diferenças”.

Para Sambo, neste processo de harmonização, não se pode alhear o papel do currículo do curso, como a condição indispensável para a prestação de programas educativos e serviços de qualidade, pelo que referiu que o currículo centrado no aluno “propõe a criação de indivíduos altamente desenvolvidos, proporcionando-lhes as habilidades para continuar a criar experiências de aprendizagem, digerir o conhecimento adquirido e criar novos conhecimentos dentro do próprio currículo”.

“A concepção, organização e implementação dos currículos deverá ter em atenção a dinâmica das mudanças que se operam na sociedade, pelo que a sua criação ou actualização tem de ser inovadora e atender às reais necessidades da sociedade”, explicou.

Maria do Rosário Sambo afirmou que os desafios do ensino superior já não se confinam a uma nação em particular, uma vez que o mundo está interligado por causa da liberalização da economia, da livre circulação de trabalho e capital e do avanço das tecnologias de comunicação que tornam a distância mais ou menos irrelevante.

Esse desafio global, por sua vez, reflecte-se ao nível regional, de tal modo que as nações se têm engajado em vários esquemas de cooperação para enfrentar desafios comuns e alcançar maior excelência, melhorando a qualidade do ensino superior, a sua relevância e acessibilidade, facilitando a transferência e comparabilidade dos graus entre as nações e facilitando a mobilidade dos estudantes e docentes e a empregabilidade.