A história que o Valor Económico estampa nesta edição e que envolve o Noble Group é um relato que evidencia as dificuldades que muitas vezes os jornais têm de denunciar falcatruas ou alegadas trapaças que lesam o interesse público. Antigos trabalhadores ligados ao grupo empresarial garantem que as fábricas deste conglomerado consomem muito mais água do que aquela que pagam. As fontes até divergem significativamente nos números, mas, em qualquer dos casos, as diferenças relatadas entre aquilo que o grupo consome e o que paga ultrapassam as fronteiras do escândalo. Quer no caso em que as fontes alegam desequilíbrios na casa das centenas quer na situação em que as diferenças atingem os milhões de metros cúbicos, o interesse público estará a ser pornograficamente lesado.

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