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Exploração ilícita

IDF apreende madeira em toros no Kwanza-Norte

O Instituto de Desenvolvimento Florestal (IDF) apreendeu aproximadamente 150 metros cúbicos de madeira em toro, esta semana, na sede comunal do Zenza do Itombe, município de Cambambe, Kwanza-Norte, durante uma operação, no âmbito das acções de combate à exploração ilícita de recursos florestais.

Segundo o director da Agricultura e Desenvolvimento Rural do Kwanza-Norte, Fernando Humberto Mesquita, vários metros cúbicos de madeira continuam a ser explorados e contrabandeados internamente fora dos parâmetros legais. O responsável explicou que a carga apreendida era composta por 93 toros de diversos tamanhos e cumprimentos das espécies ‘tacula vermelha’, ‘mufuta’, ‘muanze’, ‘kibaba’ e ‘moreira’, na estação local dos Caminhos-de-Ferro de Luanda (CFL), pronta para ser transportada para a capital.

Fernando Humberto Mesquita acrescentou que a madeira, que era transportada em cinco vagões do CFL, foi apreendida na sequência de denúncias feitas por cidadãos, tendo prontamente os agentes do IDF e da Polícia Nacional accionado os mecanismos para o confisco da mercadoria. O responsável adiantou que a madeira foi extraída na localidade do Luínha, concretamente na reserva florestal do Golungo Alto, tendo o suposto proprietário apresentado, na ocasião, documentos caducados para a transportação da mercadoria.

Fernando Humberto Mesquita disse que, por força da actual legislação sobre os recursos florestais e faunísticos, estão temporariamente suspensas as actividades de exploração de madeira e proibida a transportação de uma província para outra de madeiras em toro.

O director da Agricultura e Desenvolvimento Rural do Kwanza-Norte assegurou que, neste momento, decorre, na direcção provincial, a recepção de processos para o licenciamento de empreitadas de exploração de madeira em perímetros florestais.

Fernando Humberto Mesquita referiu que, de acordo com as normas e legislação vigentes, aos alegados proprietários da referida mercadoria serão aplicadas multas e a madeira apreendida será comercializada em leilões públicos e os montantes financeiros arrecadados revertidos a favor do Estado.