Instituto de algodão revê em baixa meta de comercialização
O Instituto de Algodão de Moçambique (IAM) reviu hoje em baixa a meta de comercialização para a campanha 2019/2020 de 40 mil toneladas das 56 mil inicialmente, devido ao impacto da covid-19.
“Vamos sempre monitorar a situação e pode acontecer que durante a campanha possamos ver que é possível ultrapassar este número”, disse Luís Tomo, director do IAM, citado hoje pelo diário Notícias, no dia de abertura da campanha.
A irregularidade da chuva também prejudicou as previsões.
Em 2019 o país produziu cerca de 45 mil toneladas de algodão caroço.
O fim da campanha de comercialização está previsto para 30 de Setembro.
O Governo moçambicano anunciou, em Maio, o desembolso de 240 milhões de meticais (3,2 milhões de euros) para subsidiar pequenos produtores de algodão.
Além do subsídio, o sector, que envolve em Moçambique 250 mil famílias produtoras, vai beneficiar de novos preços mínimos de referência, também na ambição de "proteger as famílias que dependem da cultura".
O algodão de caroço de primeira qualidade passa a custar, por quilograma, 25 meticais (33 cêntimos) contra os anteriores 23, enquanto o algodão de segunda qualidade vai passar de 17 meticais (22 cêntimos) para 18 meticais (24 cêntimos).
Dados oficiais indicam que anualmente o país produz entre 40 e 50 mil toneladas de algodão, sendo este o sétimo produto mais exportado.
Perto de um milhão de pessoas nas zonas rurais em Moçambique dependem da cadeia de valor deste sector.
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