Antes de mais, vamos aos factos de que temos conhecimento. A possibilidade de um mandado de captura internacional contra Isabel dos Santos começou a ser ponderada pelo menos desde 2019. Nessa altura, o Valor Económico tomou contacto com a informação e só não a trouxe a público porque não teve confiança suficiente nos resultados que obteve com a consulta dos dados e com o cruzamento das fontes. Todavia, figuras muito bem posicionadas no aparelho do Estado davam como certa a decisão que só estava dependente de uma espécie de último aval político. Nos anos imediatamente seguintes, a decisão não se concretizou. Hoje, diversas notícias admitem o alegado envio de um protocolo da Procuradoria-Geral da República à Interpol, solicitando a detenção da empresária. Entre 2019 e 2022, passaram-se pelo menos três anos. Este espaço temporal e tudo o que aconteceu nesse período de relevante dão substância às informações trazidas agora pelos media.

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