ISTO É UMA REVOLUÇÃO, ESTÚPIDO!
Se alguém precisava de mais uma prova, aí está. Há homens eternamente estúpidos, mas não há povos perpetuamente amordaçados. Quando o tempo chega, a corda rebenta até para o lado pretensamente mais forte. É sempre assim. É incontornável. Mesmo nos regimes mais autoritários, haverá sempre o primeiro dia de todos os outros em que a história começará a ser reescrita.
É o que se passa no irmão do Índico. A Frelimo e Moçambique até podem estar ainda sob o controlo do mais inepto líder da sua história. Mas hoje, no meio do caos e da indefinição, sobra uma certeza. A história pós-colonial de Moçambique doravante será dividida necessariamente entre o antes e o depois de Venâncio Mondlane. O candidato do PODEMOS até prefere reduzir-se a alguma insignificância. Pelas suas próprias palavras, Mondlane não se julga um ser “especial”. Vê-se apenas como o altifalante de que o povo precisava para soltar o derradeiro grito, farto dos pés à cabeça de um regime neocolonial, repressor, insensível, profundamente corrupto e inapelavelmente criminoso.
A verdade é que os factos não o desmentem. O povo sofrido de Moçambique não precisou mais do que de palavras de ordem, espalhadas por via das redes sociais, para embarcar numa viagem destemida de derrube do regime. Desde que se viu obrigado a esconder-se dos assassinos a soldo, Mondlane só tem precisado de uns directos nas redes sociais e de pouco mais. O povo responde-lhe à medida, reconhecendo-lhe a legitimidade ganha nas mesas de voto, mas que o regime tenta roubar-lhe a qualquer custo. A todo o custo. Incluindo à custa da vida de dezenas de moçambicanos já barbaramente assassinados, mas cujo sangue a FRELIMO pressente estar mais perto de pagar como nunca.
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