Itália confisca maior iate à vela do mundo a oligarca russo
As autoridades italianas confiscaram o maior iate à vela do mundo, propriedade do magnata russo Andrey Melnichenko, quando estava atracado no porto da cidade de Trieste, no nordeste do país.
Andrey Melnichenko, um dos homens mais ricos da Rússia, fundador do banco MDB e detentor de investimentos no sector petroquímico, está na lista de oligarcas alvo de sanções da União Europeia (UE) devido à ofensiva militar na Ucrânia lançada pela Rússia.
O maior iate à vela do planeta foi apreendido esta noite por agentes da Guardia de Finanza, a polícia fiscal e de fronteiras italianas, e tem um valor estimado próximo dos 530 milhões de euros e o nome de “SYA” (Sea Yacht Aleksandra), em homenagem à esposa de Melnichenko, a modelo Aleksandra Kokotovic.
De estilo moderno, com 119 metros de comprimento, o iate foi projectado pelo arquitecto Philippe Starck e construído no estaleiro alemão Blohm & Voss até ser entregue ao empresário em 2008.
A apreensão deste iate segue-se a várias outras apreensões de bens de oligarcas russos em Itália, depois de há uma semana ser confiscado o iate “Lady M”, atracado em Imperia, na costa da Ligúria, no noroeste da Itália, que pertence a Alexei Mordashov, presidente do conglomerado metalúrgico e energético Severstal e que detém um terço das acções da agência de viagens TUI, uma das maiores do mundo.
Posteriormente, foi também executada em Itália a apreensão do iate “Lena”, propriedade de Gennady Timchenko, localizado no porto de San Remo, com um valor estimado em cerca de 50 milhões de euros, segundo as mesmas fontes.
As autoridades italianas confiscaram ainda uma luxuosa mansão do século XVII, a vila Lazzareschi, localizada nas colinas de Capannori, perto de Lucca (Toscana, no centro do país) e que tinha sido comprada em 2018 pelo empresário russo Oleg Savchenko por três milhões de euros.
A Rússia lançou a 24 de Fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 549 mortos e mais de 950 feridos entre a população civil e provocou a fuga de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
Lusa
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