Cooperação económica entre os dois países

João Lourenço prevê visitar Brasil em Maio

O Presidente da República, João Lourenço, reuniu-se hoje (24), na Suíça com o homólogo brasileiro, Michel Temer, tendo anunciado no final que prevê realizar uma visita oficial ao Brasil em Maio deste ano.

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À margem do Fórum Económico de Davos, na Suíça, o chefe de Estado sublinhou a importância das relações entre os dois países e anunciou a partida para Brasília do ministro das Finanças, Archer Mangueira, para negociar a retoma dos financiamentos a Angola do Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES).

"O ministro das Finanças de Angola deve chegar a Brasília dentro de dois ou três dias para, a esse nível, de ministros, começarem a trabalhar no sentido da retomada da linha de financiamento do Brasil, que é suportada pelo BNDES", disse João Lourenço, questionado pelos jornalistas após o encontro com o Presidente brasileiro e depois de no dia anterior ter delegado o ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto, as declarações oficiais sobre a reunião que manteve com o primeiro-ministro português, António Costa.

O Presidente angolano sublinhou que aproveitou a oportunidade para "agradecer ao Presidente Temer" o convite formulado para visitar o Brasil "ainda este ano, em data que está muito próxima, provavelmente para o mês de Maio". "O encontro foi bastante bom, aliás era de esperar que assim fosse tendo em conta as relações entre Angola e o Brasil serem relações de amizade, de cooperação, que datam de há bastante tempo, praticamente desde que Angola se tornou independente, há cerca de 42 anos", disse João Lourenço, sublinhando que a reunião serviu para abordar aspectos gerais da cooperação económica entre Angola e o Brasil.

"Devo adiantar apenas que a nossa prioridade é financiar as obras públicas de grande envergadura, nomeadamente infra-estruturas nos sectores da construção, da energia e águas, sobretudo em barragens hidroeclétricas", justificou ainda João Lourenço, a propósito das negociações, nos próximos dias, entre os dois governos.